Você pesquisou por:

Soluções encontradas:

Notícias encontradas:

Imagem Thumbnail' ?>

Você sabe o que significa Fulfillment e a importância para sua empresa? 

Fulfillment refere-se ao processo de preparação e entrega de pedidos aos clientes, este processo inclui as etapas de armazenagem, embalagem, rotulagem e organização de uma transportadora para entregar as mercadorias. Também envolve fornecer atendimento ao cliente, rastrear pedidos, gerenciar devoluções e processar pagamentos para a empresa que contrata este serviço. Portanto, fulfillment é uma ferramenta que integra as áreas de logística, operações e atendimento, proporciona uma administração compartilhada, a previsibilidade de prazos de entrega e de aquisição de novos estoques. A empresa que presta serviço fulfillment deve possuir um espaço físico apropriado, a maioria delas não é projetada para armazenar estoque por mais de alguns meses, pois a ideia é oferecer soluções de atendimento simples, práticas e realizar o processamento de pedidos no menor tempo possível. Como surgiu o Fulfillment? Há um tempo atrás existiam muitas empresas que tinham muitos produtos para armazenar e enviar, consequentemente, tinham que lidar com a organização do armazenamento, preparação para envio, e envio de cada item para um cliente individual, isso significava um problema para as empresas, pois demandava de tempo e espaço, e desacelerava o processo de fazer negócios. Foi quando começaram a surgir empresas de atendimento de pedidos, fulfillment, as quais agora são um dos meios mais populares pelos quais uma ampla variedade de empresas em todo o mundo distribui seus produtos. Importância e benefícios do Fulfillment para sua empresa: O serviço fulfillment, cumpre uma função muito importante pois permite que as empresas deleguem suas operações da cadeia de suprimentos, isso economiza tempo e recursos para se concentrar em outras áreas de crescimento, como marketing, contabilidade, pesquisa e desenvolvimento de produtos. Além disso, fulfillment fornece às empresas flexibilidade para atender às demandas de diferentes temporadas de vendas. Um operador especializado em fulfillment é capaz de se adaptar à variabilidade da demanda dos clientes dependendo de suas necessidades, por exemplo, aumentando ou diminuindo a área de armazenamento ou o número de funcionários. O operador, também, prepara relatórios sobre suas atividades, para a empresa que contrata o serviço fulfillment, disponibilizando informação sobre o volume de vendas, número de devoluções, reclamações, etc. Fulfillment proporciona um adequado gerenciamento de estoque e permite a implementação de um processo consistente de coleta, embalagem, envio e sistemas de rastreamento integrados. Esta rede robusta também ajuda a reduzir os custos de envio. Por outro lado, gera maior nível de confiança por parte do consumidor, uma vez que fornece uma qualidade standard de produtos acabados e a entrega é garantida em qualquer cidade do território nacional na qual atua o parceiro logístico.   Etapas do Processo Fulfillment: Recebimento de pedidos de clientes: os pedidos entram na empresa que elabora os produtos por meio de vários canais como o site da empresa ou por meio de um mercado de comércio eletrônico. Esses pedidos serão enviados para a equipe do fulfillment para iniciar o processamento.   Processamento de pedidos: com o pedido do cliente em mãos, a equipe fulfillment deve localizar cada produto dentro do depósito, seguindo as técnicas adequadas de gerenciamento de estoque.   Acondicionamento do pedido: depois de processar o pedido do cliente, é hora de separar, embalar e rotular.   Envio: os produtos já preparados, são levados para um local onde são colocados em embalagens de comércio eletrônico. O pedido agora está pronto para envio e será enviado pelo serviço de remessa da empresa, por uma transportadora terceirizada ou enviado para remessa a granel no exterior. Uma data estimada de chegada também será gerada e enviada ao cliente.   Rastreamento de pedidos: depois que o pedido é separado, embalado e enviado, os clientes tem a opção de rastreá-los.   Processamento de devoluções de clientes: se os clientes devolvem o pedido, a equipe fulfillment é responsável em parte pelo processamento dessas devoluções. A parte financeira da devolução passará para a empresa produtora, e a equipe fulfillment deverá inspecionar os produtos e realocá-los no depósito. Esses produtos devem ter um tratamento especial, pois valem menos e não podem ser vendidos como novos. Fulfillment, é uma área de atuação relativamente nova dos prestadores de serviços e está constantemente se atualizando. As empresas fulfillment estão expandindo os serviços para seus clientes com atividades como o reparo ou renovação de produtos devolvidos, serviços financeiros e contábeis, centros de contato, programas de fidelidade, cupons, é também outros serviços oferecidos de acordo as preferencias de cada cliente como anexar manuais de instruções, folhetos em um idioma selecionado, etc. Referências bibliográficas: Kawa. Fulfillment Service in E-Commerce Logistics. Scientific Journal of Logistics. LogForum. 2017. Martins. Análise das estratégias de dropshipping e fulfillment no gerenciamento da cadeia de suprimentos de um e-commerce. Universidade Federal De Santa Catarina. Joinville. 2020. L. Croxton. The Order Fulfillment Process. The Ohio State University. The International Journal of Logistics Management. Volume 14, Number 1 2003. F. de Andrade. Terceirização De Operação E-Fulfillment em microempresas De Comércio Eletrônico Universidade Estácio – Recife. 2019.

13/07/2023
MAIS
Imagem Thumbnail' ?>

Aflatoxina M1: Como evitar a contaminação na produção de produtos lácteos

Ocorrência de Aflatoxina M1 em produtos lácteos: A aflatoxina é uma micotoxina, produzida como metabólito secundário, por algumas cepas de fungos das espécies Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus, os quais desenvolvem-se em alimentos como amendoim, milho, feijão, arroz, trigo, nozes, sementes de algodão e contaminam também produtos de origem animal como ovos, carne, leite e derivados. Caracterizam-se pela elevada toxicidade que apresentam para humanos e animais, são estáveis em altas temperaturas, não são afetadas pelo frio, são incolores, inodoras e não alteram o sabor dos alimentos. As aflatoxinas de maior interesse para a saúde pública e segurança de alimentos são as identificadas como B1, B2, G1, G2, M1 e M2, os dois últimos foram detectados no leite resultantes do metabolismo das B1 e B2. As aflatoxinas recebem as denominações, B (Blue=azul) e G (Green=verde), devido suas características fluorescentes quando expostas à luz ultravioleta, a designação M (Milk toxin) é dada por ser uma toxina excretada no leite. Mecanismo de contaminação do leite e produtos lácteos por Aflatoxina M1: A ocorrência de aflatoxina M1 em produtos lácteos começa com a contaminação de produtos agrícolas destinados a ração animal, como amendoim, farinha de milho, farinha do caroço de algodão, etc. Estes produtos podem ser contaminados com aflatoxina B1, quando são expostos a fungos e esporos presentes no ambiente durante a colheita, secagem, armazenamento (principalmente em locais úmidos e sem ventilação), processamento e transporte inadequado. Quando o animal consome a ração contaminada com aflatoxina B1, esta é absorvida via trato gastrointestinal, passando ao sistema sanguíneo e transportada para o fígado onde é metabolizada. Uma parte da aflatoxina é fixada nos tecidos hepáticos, outros metabólitos são excretados via bílis, através das fezes, outros produtos de degradação da aflatoxina B1 (a aflatoxina M1) são excretados no sistema circulatório sanguíneo e finalmente transferido para o leite, ovos, músculos e demais tecidos comestíveis do animal (DENNIS & HSIEH, 1981). Consequências da ocorrência de aflatoxina M1 em produtos lácteos: A ocorrência de aflatoxina M1 em produtos lácteos destinado ao consumo, é altamente preocupante para saúde pública e segurança de alimentos, por isso a OMS recomenda a redução do consumo de aflatoxina M1 para um nível que minimize o risco potencial de sua ingestão. Consequentemente, muitos países, inclusive o Brasil, regulamentaram o limite máximo permitido de aflatoxina M1 no leite, sendo 0,5 µg/Kg em leite fluído e 5,0 µg/Kg para leite em pó (Mercosul, GMC/RES. n°56/94; RDC Nº722, 2022). Os efeitos que causa a aflatoxina M1 à saúde estão influenciados pela idade, estado de saúde nutricional, sexo, exposição a outros agentes químicos, dose e período de exposição. Vários estudos sugerem uma associação da aflatoxina ao câncer no fígado, podendo induzir também a cirrose hepática, diminuição da resistência imunológica propiciando surtos de hepatites virais tipo B, estando também associada à Síndrome de Reye, febre, convulsões, vômito, coma, etc. (MALLMANN et al., 2003), podendo afetar também o pâncreas e o baço. Além de representar riscos à saúde, a contaminação por aflatoxinas também representa importantes perdas econômicas, que compreende perdas diretas de produtos agrícolas e produtos lácteos, afeta a saúde do animal aumentando a morbidade e mortalidade, gera doença em humanos, diminui a produtividade etc., e custos indiretos como a aplicação de sistemas de controle, custos de remoção da toxina para recuperar produtos e rejeição de produtos contaminados (SCUSSEL, 1998). Como controlar a contaminação por aflatoxinas em produtos lácteos: A presença de aflatoxina M1 no leite e derivados depende da qualidade da ração animal, por sua vez a contaminação da ração animal depende de fatores ambientais como umidade, ventilação, temperatura, pH e presença de substrato durante os processos de secagem, fabricação, armazenamento e transporte. Sendo as condições ótimas para a produção de aflatoxinas, temperaturas de 24°C a 35°C e umidade relativa cerca de 70%. Por isso, para diminuir a contaminação por aflatoxina B1 e, como consequência, reduzir a conversão em aflatoxina M1, que posteriormente é excretada no leite, é necessário levar um controle da produção de ração animal desde a origem. Sendo assim, é fundamental: Implementar boas práticas agrícolas no manejo pré-colheita e pós-colheita de alimentos destinados a animais, incluindo armazenamento, secagem e transporte. Realizar controle da umidade e temperatura das instalações onde é armazenada a ração. A ração deve ser de procedência confiável, se possível com laudos quanto à ausência de micotoxinas nesses alimentos. Inspecionar e descartar alimentos contaminados manualmente também é uma medida útil para controlar o crescimento de fungos. Adotar práticas de higiene adequados para ambientes de processamento de alimentos, como processos de higienização a seco que ajudam a manter a umidade do ambiente em baixas proporções. Estudar a aplicação de determinados sistemas de pasteurização, esterilização, evaporação, secagem roller e spray, para conseguir reduzir a contaminação de aflatoxina M1 no leite. Referências bibliográficas: S. Magalhães; M. C. Sola. Identificação de aflatoxinas no leite e produtos lácteos: Revisão de literatura. Research, Society and Development, v. 10, n. 8, e50510817586, 2021. Ledo; K. A. Hettinga; J. B. Kussaga. P. A. Luning. Implications of differences in safety and hygiene control practices for microbial safety and aflatoxin M1 in an emerging dairy chain: The case of Tanzania. Food Control. Volume 118, December 2020, 107453. C. Ramírez Baggio. Aflatoxina M1 em leite. A. Fernandes de Oliveira; P. M. L. Germano. Aflatoxinas: conceitos sobre mecanismos de toxicidade e seu envolvimento na etiologia do câncer hepático celular. Rev. Saúde Pública. Publicado em 2001. X. de Farias; O. Freitas-Silva; M. H. de Moraes. Aflatoxina M1 em leite, um risco para a saúde pública. Embrapa, Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. ISSN 0103-6068 67. Rio de Janeiro. 2005. Gonçalez; J.D. Felicio; M.M. Pinto; M.H. Rossi; J.H.C. Nogueira; S. Manginell. Ocorrência de aflatoxina M1 em leite comercializado em alguns municípios do estado de São Paulo. Arq. Inst. Biol., São Paulo, v.72, n.4, p.435-438, out./dez., 2005. Cantanhede. Aflatoxina M1: Pesquisa mostra riscos no leite in natura. Food Safety Brazil. 2017.

07/06/2023
MAIS
Imagem Thumbnail' ?>

ESG: Os impactos na indústria de alimentos e bebidas

O ESG é a sigla em inglês de Environmental, Social and Governance, que pode ser traduzido como: Ambiental, Social e Governança. O termo ESG surgiu na publicação do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), em parceria com o Banco Mundial, titulada Who Cares Wins: Quem se importa, vence. Trata-se de um conjunto de práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização cujo objetivo é contribuir para a construção de um mundo melhor, com mais justiça, igualdade e maior responsabilidade ambiental, pensando também nos aspectos econômicos. As práticas ESG têm grande impacto para a indústria, estão diretamente ligadas à nova realidade da indústria de alimentos e bebidas, pois no contexto atual global, ter projetos socioambientais, e compreender que o planeta é nossa única fonte de matéria-prima e recursos é fundamental para que a empresa prospere e perdure ao longo dos anos. Seguir os valores da ESG é a própria sustentabilidade empresarial. Pilares da ESG: Ambiental: este pilar da ESG inclui práticas desenvolvidas para minimizar os impactos ambientais causados pelas atividades industriais, como, utilizar conscientemente os recursos naturais, reduzir as emissões, evitar a poluição de cursos de água, gerenciar corretamente os resíduos gerados, compensar impactos, etc. Social: é outro pilar muito importante da ESG, envolve questões relativas aos Direitos Humanos. Inclui ações como garantir que o ambiente de trabalho seja harmonioso e humanizado, promover o crescimento pessoal e profissional dos funcionários da empresa, promover a inclusão social, lutar contra a discriminação, investir em saúde e segurança, etc. Este pilar da ESG, abrange não apenas os funcionários da empresa, mas também a sociedade, sendo importante adotar ações que contribuem para o bem estar da comunidade, como promover o voluntariado, cuidar do meio ambiente onde a comunidade está inserida, etc. Governança: a governança corporativa é a forma como as instituições são geridas e incentivadas, compreendendo os relacionamentos entre todos os stakeholders, como diretoria, funcionários, clientes, fornecedores, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), 2015). É o pilar da ESG que diz respeito à cultura organizacional e ética dentro do negócio. Uma política de governança bem estabelecida é fundamental para que exista boa comunicação e objetivos organizacionais claros e convergentes logrando um bom desempenho dos negócios. A governança inclui todas as questões relacionadas à gestão, reuniões, questões de agenda, corrupção, transparência, compliance, etc. Importância da ESG para a indústria de alimentos e bebidas: A indústria de alimentos e bebidas utiliza diversos recursos proporcionados pela natureza para seu processo produtivo e elaboração de produtos, causando diversos impactos ambientais. Os impactos ambientais causados pela atividade industrial se tornam cada vez mais perceptíveis e são temas de grande interesse público atualmente. Estes impactos estão relacionados com as mudanças climáticas como aumento do calor no verão, frios cada vez mais intensos no inverno, inundações, tormentas mais fortes, chuvas mais agressivas, etc. devido à contaminação ambiental de cursos de água, emissão de gases, gestão incorreta de resíduos, deflorestação, acarreando também possível escassez de recursos. Além disso, o constante crescimento populacional, o aumento no consumo de alimentos e as novas demandas do consumidor e da sociedade moderna, que precisam ser atendidas com produtos mais saudáveis, acessíveis e ecológicos, outorga mais ênfase na importância de aplicar práticas ESG na produção de alimentos e bebidas. As industrias nesta área, cumprem um papel muito valioso para o futuro do planeta, por isso a adoção de práticas ESG se torna fundamental. Cuidar do bem estar e saúde dos recursos humanos, utilizar conscientemente os recursos naturais sem afetar as gerações futuras e gerir adequadamente as organizações são fatores determinantes para o sucesso de qualquer negócio. Benefícios de adotar práticas ESG nas indústrias de alimentos e bebidas: Atualmente, ESG é utilizado para medir o desempenho sustentável das empresas e de acordo com várias pesquisas, grande parte da população brasileira prefere comprar de empresas com práticas sustentáveis, mesmo que, isso signifique pagar mais caro. Como consequência as práticas ESG geram grandes oportunidades de crescimento para as indústrias, contribuem para a conquista de grupos de consumidores que tenham os mesmos valores de sustentabilidade e ajudam a ganhar destaque e competitividade no mercado. Adotar práticas ESG, ajuda a preservar os recursos naturais, reduzir custos e desperdícios, mitigar impactos e riscos, e estabelece uma cultura de sustentabilidade entre as partes interessadas da empresa beneficiando toda a comunidade. ESG, também traz vários benefícios para os funcionários já que gera oportunidades de crescimento, promove a igualdade e inclusão, também cria motivação e satisfação ao trabalhar numa empresa que se preocupe com o meio ambiente, e que contribua para uma qualidade de vida melhor em todo o mundo. Como implementar o ESG nas indústrias de alimentos e bebidas? A disponibilidade de recursos naturais e diversidade de opções sustentáveis dão às indústrias de alimentos e bebidas do país excelentes oportunidades para se desenvolver de forma sustentável, adotando estratégias ESG que combina crescimento econômico, respeito aos Direitos Humanos e preservação do meio ambiente. Para seguir os valores da ESG, é importante criar uma equipe encarregada de elaborar, discutir e aplicar práticas ESG de forma segura e acertada, sendo importante que a equipe receba treinamento para garantir que o trabalho realizado seja adequando à situação da empresa. É necessário definir as ações para cada setor da empresa, para isso, os funcionários devem receber palestras onde serão divulgadas as informações necessárias para a aplicação das práticas ESG. Também é importante adotar indicadores para controlar o desempenho das atividades, e implementar melhorias. Por outro lado, é fundamental investir em canais de comunicação entre a empresa e seus funcionários, clientes, fornecedores, comunidade, etc. desta forma é possível garantir a transparência da empresa enquanto as atividades que possam afetar as partes interessadas. Finalmente, deve-se pensar em certificar os processos e produtos a modo de demonstrar para as partes interessadas, que a empresa verdadeiramente está aplicando práticas ESG. Práticas ESG que podem ser aplicadas na indústria de alimentos e bebidas: A aplicação de estratégias ESG na indústria alimentícia é registrada por ações direcionadas à: Economia circular; Gestão de resíduos sólidos, logística reversa, gestão de efluentes; Uso consciente de recursos como água, energia, combustíveis, matéria prima; Redução das emissões de carbono; Redução e compensação de impactos; Criação de produtos e processos ecológicos; Desenvolver projetos sociais de apoio às comunidades; Respeito aos Direitos Humanos e às leis trabalhistas; Inclusão social; Combate as formas de discriminação; Políticas anticorrupção; Criação de ambientes de trabalho seguros, harmoniosos, colaborativos; Referências Bibliográficas: Pacto Global. Rede Brasil, disponível em: https://www.pactoglobal.org.br/pg/esg R. De Carvalho Souza. Identificação das práticas sustentáveis em empresas alimentícias. Universidade Federal De Alfenas -MG. 2018. Critérios ESG e sua importância para as pequenas empresas. SEBRAE. ESG: uma revisão integrativa. Disponível em: https://engemausp.submissao.com.br/23/arquivos/12.pdf Sustentabilidade na indústria da alimentícia. Associação Brasileira das Indústrias de alimentação. Confederação Nacional da Indústria. Brasília. 2012. M. Rosa; G. L. G. Teixeira; R. D. Santos; S. D. Pereira. A importância e consequência da produção sustentável para a sociedade. Anais do IX Simpósio de Engenharia de Produção de Sergipe- ISSN 2447-0635. 2017.  

25/04/2023
MAIS
Imagem Thumbnail' ?>

Como a Manutenção Produtiva Total pode colaborar com a Segurança de Alimentos:

A Manutenção Produtiva Total (TPM-Total Productive Maintenance), ou metodologia TPM é uma filosofia japonesa cujo objetivo é atingir a máxima eficácia do processo produtivo, maximizar o ciclo de vida útil dos equipamentos aproveitando os recursos existentes, alcançar a qualidade desejada dos produtos contribuindo com a segurança de alimentos e proporcionar as condições para que os processos sejam capazes de operar de forma padronizada e sem interrupções imprevistas.   A Manutenção Produtiva Total requer de muito treinamento, disciplina, higiene, e envolve a participação de todos os setores da empresa, principalmente produção e manutenção (NAKAJIMA, 1989).   Um dos objetivos da metodologia TPM é promover uma cultura na qual os operadores se sintam responsáveis pelas suas máquinas, aprendendo mais sobre elas, podendo assim prover pequenos reparos e dar diagnóstico de problemas (BRANCO FILHO, 2003; BELINELLI, 2009).   A metodologia TPM promove a quebra zero que busca a confiabilidade nos equipamentos, defeito zero que busca pela qualidade total do produto e segurança do alimento, e acidente zero, que busca pela segurança das pessoas e meio ambiente.   Manutenção Produtiva Total e Segurança de Alimentos:   A segurança de alimentos engloba as práticas que garantem que o alimento não causará danos à saúde do consumidor. A metodologia TPM está ao serviço da segurança de alimentos, já que em cada passo existem ferramentas que podem ser interligadas com as práticas de segurança de alimentos e proporcionam redução de defeitos e reclamações dos consumidores, eliminação de contaminações, melhores práticas de higiene e inspeção.   Pilares da Manutenção Produtiva Total:   A Manutenção Produtiva Total está composta por pilares, cada pilar é importante, caso algum não seja desenvolvido, todo o conjunto pode ser prejudicado. Alguns pilares da metodologia TPM tem um papel especial na segurança de alimentos.   Manutenção Autônoma: implica capacitar aos funcionários em pequenos grupos denominados grupos autônomos, com objetivo de que cada funcionário cuide de seus equipamentos, identifique problemas, perdas e implante melhorias. O funcionário é capacitado em higiene, inspeção, lubrificação, pequenos reparos, controles estatísticos, entre outras.   Manutenção Planejada: implica a realização de inspeções mais robustas, análises de quebras, aplicação de manutenções preventivas, preditivas e planejadas. Tem por objetivo aumentar a eficiência do departamento de manutenção identificando, eliminando e prevenindo as quebras dos equipamentos.   Educação e Treinamento: o treinamento dos funcionários é fundamental pois o conhecimento e a compreensão da metodologia TPM são essenciais para o funcionamento de todos os pilares.   Melhorias Específicas: este pilar da metodologia TPM, consiste em identificar a maior perda de um equipamento ou de um processo, seja ele produtivo ou administrativo, atacá-la sistematicamente até que a perda seja zerada. O trabalho deve ser realizado em grupo, com o apoio de especialistas quando necessário.   TPM Office: pode-se considerar que um escritório é uma fábrica de informações, onde entram insumos (informações de entrada), estes insumos são processados e transformados em um produto (informações de saída). Este pilar tem como objetivo eliminar as perdas nos processos administrativos de escritório e melhorar a eficiência e as informações de saída.   Manutenção da Qualidade: o objetivo é identificar e prevenir erros no processo de produção para garantir a qualidade dos produtos, segurança de alimentos (no caso de indústrias alimentícias), padronizar os processos e atingir a meta de zero defeito. Neste pilar o time de qualidade investiga e analisa as variáveis dos processos e equipamentos que podem levar a bloqueios e perdas. Com isso, são determinadas ações e soluções visando a qualidade final do produto.   Controle Inicial: aqui todos os conhecimentos e informações adquiridos dos demais pilares da metodologia TPM, são base para novos projetos, novas aquisições de equipamentos e mudanças nos processos.   Segurança, Higiene e Meio Ambiente: este pilar da metodologia TPM, tem como objetivo a prevenção de acidentes, pessoais ou acidentes ambientais, atuando para eliminar as condições inseguras e os atos inseguros. São ações voltadas para segurança operacional dos equipamentos, desenvolvimento de processos de manutenção que elevam a segurança das atividades, melhorias nos ambientes de trabalho, melhoria na iluminação e sinalização, adequação de funcionários e instalações às normas e desenvolvimento de sistemas de coleta seletiva de resíduos provenientes das manutenções.   Benefícios de aplicar a Manutenção Produtiva Total:   Garante a segurança de alimentos na indústria alimentícia: equipamentos em bom estado de funcionamento e higiene, garantem produtos de qualidade desejada e seguros para a saúde do consumidor. Reduz os custos: diminui os defeitos dos processos, impactando em menos ações corretivas e menos reclamações dos clientes. A redução de custos obtida através da metodologia TPM tem relação direta com o aumento de investimentos, o que beneficia os acionistas, os funcionários e a comunidade ao entorno da empresa Aumenta a segurança do trabalho: o setor produtivo higienizado e em boas condições de operação propicia maior segurança, confiança e motivação aos funcionários. Melhora o ambiente de trabalho: o ambiente de trabalho limpo, seguro e organizado através de atividades da manutenção autônoma, melhoram o nível de trabalho dos funcionários, e a relação entre pessoas e equipamentos. Promove o desenvolvimento profissional: a metodologia TPM desenvolve novas habilidades, aumenta a autoconfiança e sugestões de melhorias por parte dos funcionários e promove o crescimento profissional. Aumenta a vida útil e confiança nos equipamentos: através de ações de prevenção e melhorias específicas nos equipamentos, eles têm intervalos de tempo maiores de uma falha para outra o que resulta em maior disponibilidade e velocidade de produção. Aumenta a valorização das instalações: instalações bem mantidas têm maior valor de mercado. Preservação do Meio Ambiente: com o bom regulamento dos equipamentos e instalações, há economia de recursos naturais e diminuição dos impactos ambientais (SLACK et al. 2002).   Referências Bibliográficas:   De Oliveira Coneglian; D. De Andrade Rodrigues De Souza; M. Siqueira Neto; S. Nunes Dos Santos. TPM- “Total Productive Maintenance”: estruturação da manutenção planejada para o “Zero Quebra”. Ling. Acadêmica, Batatais, v. 7, n. 2, p. 107-124, 2017. A. Sampaio. Manutenção Produtiva Total. H. Bastos Virgílio. Manutenção produtiva total no melhoramento produtivo organizacional. Universidade Federal De Uberlândia. MG. 2018. W. A. Cury Netto. A importância e a aplicabilidade da manutenção produtiva total (TPM) nas indústrias. Juiz De Fora, MG – Brasil. 2008. F. Teixeira Melo; M. Johnny Loos. Análise da metodologia da manutenção produtiva total (TPM): estudo de caso. Revista Espacios. Vol. 39 (Nº 03) Ano 2018 Pág. 13. A. Alves de Resende; L. Ponsoni Dias. Manutenção produtiva total (TPM): considerações sobre casos de sucesso. XXXIV encontro nacional de engenharia de produção. Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.    

29/03/2023
MAIS
Imagem Thumbnail' ?>

A importância da higienização no controle de alergênicos:

O que são alergias alimentares? A alergia alimentar é uma reação do sistema imunológico a algum componente, como proteínas ou glicoproteínas, presentes em um determinado alimento. O sistema imune identifica o alimento como uma ameaça e monta um ataque contra ele. A resposta imunológica comete uma variedade de sintomas e manifestações clínicas expressas na pele, no trato gastrointestinal e respiratório (BINSFELD et al., 2009). Existem inúmeros fatores ambientais como, hábito alimentar, tipo de alimento, nível de processamento, forma de preparo do alimento, e fatores individuais, como carga genética, sexo, idade, etnia, atividade física, uso de antibióticos e de inibidores da acidez gástrica, que podem influenciar no desenvolvimento de alergias alimentares. As alergias alimentares são um dos principais problemas de saúde global e geram um impacto negativo na qualidade de vida de uma pessoa, uma vez que os riscos aumentam com o consumo cada vez maior de alimentos processados e complexos, e, ainda mais, quando rotulados incorretamente (FERREIRA; SEIDMAN, 2007). Quais alimentos causam alergias alimentares? Existem mais de 170 alimentos que são considerados alergênicos. Cerca de 90% dos casos de alergias alimentares são ocasionados por apenas oito alimentos: ovos, leite, peixe, crustáceos, castanhas, amendoim, trigo e soja. Esses alimentos são reconhecidos como alergênicos de relevância para a saúde pública pelo Codex Alimentarius, organismo da FAO e da OMS responsáveis pela harmonização internacional de regras para alimentos. Como prevenir as alergias alimentares? As alergias alimentares não possuem cura, por isso, a opção para evitar o aparecimento das complicações clinicas é a prevenção. Para prevenir as consequências das alergias alimentares é importante ter acesso àsinformações corretas sobre a composição dos alimentos e implementar um Programa de Controle de Alergênicos na indústria, que implica tomar medidas para evitar a contaminação cruzada com alimentos alergênicos ou seus derivados na cadeia produtiva. A contaminação cruzada é a presença de qualquer alergênico alimentar não adicionado intencionalmente ao alimento que surge como resultado da contaminação ambiental ou manipulação inadequada. Pode ocorrer durante o cultivo, produção, manipulação, processamento, armazenamento, embalagem, transporte ou conservação. É a principal causa de contaminação de produtos alimentícios com substancias alergênicas. A importância da Higienização para o controle de alergênicos: A exposição a pequenas quantidades de alergênicos pode ser suficiente para desencadear uma reação alérgica grave, por isso as indústrias alimentícias devem implementar um Programa de Controle de Alergênicos que contemple uma higienização adequada e validada, que garanta que os produtos estejam livres de alergênicos. A higiene é o fator que tem maior influência na hora de garantir a segurança dos alimentos e é composta por duas etapas: limpeza e desinfeção. A etapa da limpeza está destinada à remoção de resíduos de alimentos, é aqui que se realiza a remoção de alergênicos. Os ambientes industriais com risco de contaminação precisam tanto de limpeza CIP como de limpeza externa, ou seja, de superfícies como pisos, paredes, tetos e equipamentos. Para o sucesso da limpeza é necessário: Seguir os procedimentos corretos: a natureza do alergênico, do produto elaborado e do equipamento utilizado irá ditar os protocolos de limpeza apropriados. Escolher produtos adequados ao tipo de resíduo e material, no caso são utilizados detergentes. Este, deve ser capaz de remover não apenas os componentes alergênicos, mas também os resíduos de alimentos que os contêm. Ter utensílios exclusivos para a higienização das instalações e equipamentos que entram em contato com alimentos alergênicos, e dispor de espaços físicos diferentes para a fabricação de alimentos que contêm alergênicos e aqueles que não contêm. Os equipamentos devem ser desmontados para uma limpeza adequada. Optar por alternativas ao uso de pistolas de ar ou de pressão de água, pois pode haver dispersão de partículas de alérgenos para outras áreas de produção da fábrica. Deve-se dar preferência à limpeza úmida em vez da limpeza a seco. A limpeza úmida, na qual se aplica água contendo um determinado detergente diluído, é a modalidade mais recomendada sempre que possível, pois permite a aplicação de três agentes que contribuem para a eliminação de resíduos: energia química, mecânica e térmica. Ocircuito de limpeza deve começar pela área onde se fabricam alimentos sem alérgenos e terminar na área onde se fabricam alimentos com alérgenos. É recomendável que o sistema de ventilação não favoreça a dispersão de partículas, evitando-se, inclusive, a incidência de correntes de ar diretamente sobre os locais onde os produtos ou  insumos são manipulados. A movimentação dos funcionários do setor produtivo e outros colaboradores deve ser controlada e, no treinamento realizado, devem ser passadas todas as orientações a respeito do controle de alergênicos e das Boas Práticas de Fabricação. As limpezas devem ser validadas para atestar que os processos cumprem os requisitos de aceitação e os parâmetros de higienização que a legislação estabelece. A validação implica a realização de análises que comprovem a efetividade do procedimento, gerando assim, provas documentais de que o processo está alcançando seu objetivo. Após a validação segue a padronização e o monitoramento periódico dos procedimentos de limpeza, para garantir que os parâmetros atestados como aceitáveis estão sendo mantidos e para realizar as ações corretivas, caso sejam identificadas falhas.   Referências Bibliográficas: J. Costa; M. B. P.P. Oliveira; I. Mafra. Alergênicos Alimentares: o que são, o que provocam e como detectá-los? Artigo de química magazine. M. Nunes; R. Barros; P. Moreira; A. Moreira; M. Morais de Almeida. Alergia Alimentar. ISBN: 978-972-742-356-9. Governo de Portugal. 2012. Alérgenos. Revista-fi. Food ingredients Brasil N° 27. 2013. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Guia sobre Programa de Controle de Alergênicos. Guia N° 05/2018. Versão 2. C. Rodrigues de Oliveira. Validação de Higienização em uma indústria de alimentos. Universidade do Sul de Santa Catarina. Brasil. 2019.

16/03/2023
MAIS
Imagem Thumbnail' ?>

Porque a sua empresa deveria se preocupar com a melhoria da Segurança de Alimentos

O termo segurança de alimentos vem do inglês “Food Safety”, e é definido pelos Princípios Gerais de Higiene Alimentar do Codex Alimentarius como sendo aquele alimento que quando consumido não causará danos à saúde do consumidor.A segurança de alimentos engloba todas as práticas de manipulação para garantir a qualidade do alimento, do plantio à fabricação, até chegar ao consumidor. Os alimentos seguros devem estar livres de contaminantes químicos, biológicos e físicos. Perigos nos alimentos: Os alimentos contaminados causam um dos maiores problemas de saúde no mundo e geram uma redução na produtividade econômica da indústria. Existem três tipos de contaminação alimentar: Biológica: produzida microrganismos como bactérias, vírus, pragas, fungos e protozoários. Química: produzida por um componente químico, como agrotóxicos, produtos de limpeza, metais pesados, etc. Física: produzida pela presença de objetos estranhos. Os microrganismos e materiais químicos ou físicos que contaminam os alimentos podem provocar alterações nos produtos, diminuindo a sua qualidade e seu tempo de conservação, além disso podem provocar alterações na saúde dos consumidores e manipuladores de alimentos, transmitindo doenças graves chamadas de toxinfecções alimentares. A toxinfecção alimentar é uma doença provocada pela ingestão de alimentos contaminados por microrganismos ou as suas toxinas, substancias químicas etc, manifestando-se algumas horas após a ingestão dos alimentos contaminados. A contaminação dos alimentos pode acontecer por falhas da higiene do pessoal ou do ambiente, pelas condições do espaço de trabalho, irregularidades, falhas na limpeza de equipamentos ou locais de armazenamento, etc. Como alcançar a Segurança de Alimentos: Considerando que os alimentos contaminados apresentam um risco para a vida, a segurança de alimentos é importante para garantir que o produto tenha a qualidade adequada para não provocar danos à saúde do consumidor final. A segurança dos alimentos inclui os cuidados com a higiene, seleção de matérias primas, manipulação dos alimentos, técnicas de produção, manutenção de equipamentos, embalagem, armazenamento, controle da temperatura, treinamento e monitoramento etc. Para a execução eficaz dessas práticas, é necessário que todos os estabelecimentos que manipulam ou comercializam alimentos elaborem o Manual de Boas Práticas de Manipulação, elas atuam juntamente com os Procedimentos Padrão de Higiene Operacional, e o Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle, os quais integram a base da gestão da segurança e qualidade de um estabelecimento de alimentos. O Manual de Boas Práticas descreve as operações realizadas pelo estabelecimento incluindo, os requisitos sanitários, manutenção, higienização das instalações, controle da higiene e saúde dos manipuladores e controle e garantia de qualidade do produto final. Os Procedimentos Padrão de Higiene Operacional visam estabelecer a forma rotineira pela qual o estabelecimento industrial evitará a contaminação direta ou cruzada e a adulteração do produto, preservando sua qualidade e integridade por meio da higiene antes, durante e depois das operações industriais. O Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle, consiste em um sistema preventivo de controle sobre a segurança do alimento mediante a análise e controle dos riscos biológicos, químicos e físicos em todas as etapas, desde a produção da matéria prima até a fabricação, distribuição e consumo, cujo principal objetivo é prevenir a ocorrência de toxinfecções alimentares; complementa as práticas de controle da qualidade. Além disso, possuir um sistema de gestão da qualidade é importante, pois a qualidade está diretamente relacionada a segurança dos alimentos. Um sistema de gestão da qualidade é um conjunto das condições e ações planejadas e implementadas de forma sistemática em toda a cadeia produtiva, cujo objetivo é obter um produto com determinadas características para satisfazer as necessidades do consumidor. Essas práticas, juntamente com o treinamento continuo do pessoal da indústria, em controle de qualidade, higienização, microbiologia e áreas de processamento, são essenciais para alcançar a segurança dos alimentos e dessa forma prevenir a contaminação dos produtos, evitar as doenças transmitidas por alimentos, evitar problemas futuros de devolução de um lote de produtos e permitir levar uma rastreabilidade, que é essencial para evitar e corrigir erros nos processos. Importância da Higiene na Segurança de Alimentos: O Codex Alimentarius define higiene dos alimentos como, todas as condições e medidas necessárias para garantir a segurança e a adequação dos alimentos em todas as etapas da cadeia de alimentos. De acordo com a Food and Agriculture Organization (FAO), e a Organização Mundial da Saúde (OMS), a higiene dos alimentos compreende as medidas preventivas necessárias na preparação, manipulação, armazenamento, transporte e venda de alimentos, para garantir produtos inócuos, saudáveis e adequados ao consumo humano. Manter uma adequada higiene na indústria alimentícia assegura o fornecimento de produtos de qualidade, cujo valor nutritivo e sabor natural é conservado, desta forma, fideliza clientes, melhora a imagem e aumenta a produtividade da empresa. Além disso, uma higienização correta, torna o ambiente seguro e agradável para os funcionários, preserva os equipamentos e aumenta sua durabilidade. Também, evita perdas que podem ser causadas pela deterioração do alimento contaminado ou devolução de alimentos por parte dos consumidores e garante o cumprimento das normas de segurança alimentar. Referências Bibliográficas: • J. G. Feitosa; P. Lopes Andrade. Segurança Dos Alimentos E Ferramentas Da Qualidade. Publicado em: 30/03/2022. DOI:10.18677/EnciBio_2022A21. Enciclopédia Biosfera. • B. R. Marins; R. C. P. Tancredi; A. L. Gemal. Segurança alimentar no contexto da vigilância sanitária: reflexões e práticas. Escola politécnica de saúde Joaquim Venâncio-Fiocruz. Rio de Janeiro. 2014. • S. J. Forsythe. Microbiologia da Segurança dos Alimentos. School of Science and Technology. Nottingham Trent University. 2013. • D. Coletto. Gerenciamento da segurança dos alimentos e a qualidade na indústria dos alimentos. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre. 2012.

08/02/2023
MAIS
Imagem Thumbnail' ?>

Maneiras de reduzir a contaminação por Listeria spp. no processamento de alimentos

Características da Listeria spp.:A Listeria spp. é uma bactéria Gram-positiva em forma de bastonete, anaeróbio facultativo, que não forma esporos. Multiplica-se em ampla faixa de pH (4,4-9,4) e emperaturas, podendo se multiplicar mesmo em temperaturas de refrigeração, entre 2°C e 4°C ou inclusive menores, embora sua temperatura ótima de crescimento esteja entre 30°C e 37°C. Ambientes comuns onde a Listeria spp. pode estar presente: Devido à sua capacidade de suportar temperaturas baixas e altas e uma ampla faixa de pH, a Listeria spp. é onipresente na natureza. As espécies foram encontradas no solo, matéria vegetal em decomposição, esgoto, água, ração animal, carnes frescas e processadas, leite cru, queijo, resíduos de matadouros e portadores como humanos e animais. A sua capacidade de sobrevivência e multiplicação a temperaturas de refrigeração permite-lhe manter a viabilidade, no interior ou em superfícies, de alimentos prontos a consumir com um prazo de validade relativamente longo. A Listeria spp. prefere ambientes úmidos e também tolera condições frias, ambientes salinos e ácidos e é mais resistente ao calor do que muitos outros patógenos eiculados por alimentos que não formam esporos. A contaminação dos alimentos pode ocorrer em qualquer estágio em que o produto tenha sido exposto ao meio ambiente, incluindo processamento, transporte, vendas no varejo, fornecedores e residências. A transmissão da doença causada pela bactéria é dada por via humana, animal, alimentos, água contaminada etc. Locais onde a Listeria spp. pode se desenvolver na indústria alimentícia: Piso: a Listeria spp. se encontra na poeira do piso, e pode ser carregada na indústria através de calçados dos funcionários e veículos. Os pisos úmidos ou com água acumulada favorecem o desenvolvimento da bactéria, por isso é importante manter os pisos da fábrica secos. Equipamentos: outros locais onde Listeria spp. pode se desenvolver são os equipamentos de processamento de alimentos como pasteurizadores, resfriadores de leite, túneis de congelamento, facas rotativas, fatiadores, esteiras, cortadores, utensílios, facas, tábuas de corte, correias transportadoras, juntas de luvas, e superfícies em geral da indústria alimentícia. Sistemas de drenagem, ralos: também são susceptíveis à contaminação com Listeria spp. devido ao fato de que toda a água suja da indústria, inclusive água de limpeza, é retirada pelos ralos e em algumas indústrias alimentícias os sistemas de drenagem não são adequadamente projetados, tornando-se uma situação perfeita para a proliferação da bactéria. Ar do ambiente industrial: o ar dentro da indústria, pode ser contaminado com Listeria ssp., a bactéria pode ser transportada por partículas de pó, gotículas de aerossol, gotas de condensação, ou pelo próprio sistema de refrigeração ou tratamento de ar da fábrica. Alimentos crus: a Listeria spp. pode chegar à indústria de alimentos com as matérias primas principalmente alimentos crus como leite, carne, vegetais, suco de frutas etc. Várias espécies de Listeria spp. podem coexistir no mesmo alimento. Uma vez que todas as espécies de Listeria spp. são potenciais contaminantes de alimentos, a detecção de uma em alimentos geralmente indica a presença de outras. Biofilmes: a Listeria spp. pode aderir a superfícies e crescer em colônias protegidas por uma camada de polissacarídeos extracelulares chamada biofilme, que a protege de agentes antimicrobianos. Os biofilmes podem estar presentes em diferentes superfícies como aço inox, vidro, borracha etc. Maneiras de reduzir a contaminação por Listeria spp. na indústria alimentícia: A forma mais eficaz de prevenir e reduzir a contaminação por Listeria spp. é adotar os programas e procedimentos de controle que abrangem as Boas Práticas de Fabricação (BPF), os Procedimentos Padrão de Higiene Operacional (PPHO), Programa de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) e o Procedimentos Operacionais Padronizados (POP). Devem ser realizados monitoramentos através de análises de detecção para garantir que os processos de higienização adotados estão sendo eficazes para a eliminação da bactéria. Os funcionários devem receber treinamento adequado sobre prevenção da contaminação e procedimentos de higienização, e deve ser realizado monitoramento e correção para melhorar e manter um alto nível de desempenho. Os pisos, devem ser mantidos limpos e secos, é recomendável o uso de barreiras sanitárias como tapetes sanitizantes cuja função é reduzir a carga microbiana dos calçados dos funcionários, assim a propagação da contaminação pelo tráfego é reduzida consideravelmente. Para os equipamentos, recomenda-se a limpeza CIP e manual para uma higienização adequada. A inspeção visual é muito importante para verificar a limpeza do equipamento. Também devem ser realizados testes microbiológicos de rotina que permitem desenvolver uma linha de base para fins de comparação, observar tendências e detectar problemas. A frequência de higienização depende da experiência e dos dados microbiológicos. No que se refere aos sistemas de drenagem, especificamente ralos, é recomendável optar por produtos que foram especialmente desenhados para esses locais, como o produto em forma de barra gelatinosa com desinfetante, que é colocada dentro do ralo após a higienização, esse produto garante o combate aos microrganismos, elimina odores e remove o acúmulo de resíduos gordurosos, também é usado em bandejas de evaporadores. Para o tratamento do ar do ambiente, é indicado realizar uma desinfeção a seco, já que a presença de água contribui para a umidade do ambiente, o que o torna propício à proliferação da Listeria spp. por isso é indicado o uso de produtos fumígenos que tratam o ar da indústria e superfícies de difícil acesso. No caso dos biofilmes, por serem estruturas muito resistentes é apropriado o uso de detergente enzimático que tem a capacidade de quebrar a matriz polimérica do iofilme e expor as bactérias aos desinfetantes, o que facilita a remoção do biofilme e a eliminação das bactérias. Referências bibliográficas: • Microbiologia bactérias patogênicas Listeria monocytogenes. • L. Araujo; I. C. Braga Lima. A importância da Listeria monocytogenes na indústria alimentícia. Universidade Estadual do Ceará. 2020. • D. C. F. Carandina. Avaliação de biofilmes formados por isolados de Listeria monocytogenes provenientes de laticínios e perfil de resistência a agentes sanitizantes. Pirassununga 2013. • K. Appels; R. Kooijmans. Los 5 lugares más comunes donde buscar Listeria Monocytogenes. Food Safety Experts. 2017. • F. Merlin da Silva. Listeria monocytogenes: um perigo invisível nos alimentos. Faculdades Metropolitanas Unidas. São Paulo, 2009. • Industry Guidelines to Prevent Contamination from Listeria monocytogenes. Originally published as a National Pork Board/American Meat Science Association Fact Sheet. 2006.

10/01/2023
MAIS
Imagem Thumbnail' ?>

Etapas importantes para a limpeza correta de ralos industriais:

Características do ralo: O ralo é uma das peças que forma parte do sistema de drenagem das indústrias, é instalado no chão e está formado pelo corpo que recebe e conecta pontos de coleta de água e de esgoto e os direciona para as tubulações de esgoto. Todo ambiente que necessita de escoamento de água deve ter um ralo. O ralo possui uma grelha ou tampa que evita que partículas grandes de sujeira entrem e se acumulem na tubulação causando entupimento, por outro lado evita que insetos e certos animais consigam entrar por meio do encanamento até as áreas industriais. Os perigos dos ralos sujos: Em indústrias de processamento de alimentos os ralos são o receptor de diversos tipos de sujidades, resíduos de produto alimentar, partículas, soluções detergentes, desinfetantes etc. Devido ao fato de receber diferentes tipos de líquidos e sujidades, é considerado uma área crítica sendo uma das maiores fontes de contaminação da indústria de alimentos, já que gera as condições ambientais ideais para a proliferação de microrganismos como Listeria spp., Salmonella spp., Escherichia Coli etc. Estes microrganismos podem eventualmente se espalhar, levando à contaminação das demais áreas da instalação. Por outro lado, um ralo sujo representa um risco potencial, onde mesmo um pequeno bloqueio pode causar vazamentos ou grandes interrupções nas operações, gerando grandes perdas para a indústria. Limpeza e desinfeção do ralo: Conforme mencionado anteriormente, a limpeza dos ralos é de vital importância nas indústrias alimentícias. Primeiramente é importante limpar equipamentos, instalações e o chão, finalmente, deve ser feita minuciosamente a limpeza do ralo. O processo de limpeza pode variar dependendo do sistema. É importante saber que é necessário evitar ter qualquer produção de alimentos em operação quando a limpeza estiver sendo feita. Para limpar ralos industriais as seguintes etapas devem ser realizadas: • Remoção grosseira de sujeira: compreende na retirada da tampa ou grelha e na remoção da sujeira, sendo necessário a extração de resíduos grandes do canal de drenagem, para evitar bloqueios, desta forma a água pode fluir sem problemas pelo sistema. É importante certificar-se de que todos os resíduos sólidos sejam removidos completamente antes da limpeza. • Desmontagem das partes móveis: desmontar as partes moveis e proceder a limpeza delas. • Pré-enxágue: realizar um primeiro enxague que vai ajudar a melhorar a limpeza na próxima etapa. • Aplicação do detergente: normalmente é utilizado um detergente alcalino para remover qualquer tipo de resíduo restante; esfregar o ralo e as grelhas até ficarem visualmente limpos. Porém, indicamos o uso de produto enzimático no ralo e tubulação, para remoção das incrustações aderidas. Principalmente nas tubulações, devido à dificuldade do acesso para limpeza mecânica. • Enxague: realizar um enxague final antes de aplicar uma solução desinfetante. • Aplicação do desinfetante: escolher o produto ideal para a higienização garante que o ralo do piso seja tão limpo e higiênico quanto o restante das instalações. É recomendável que o produto contenha desinfetantes com efeito residual, como quaternários. Optar por produtos inovadores que utilizam tecnologias avançadas e que foram especialmente desenhados para higienização de ralos, possui várias vantagens como garantir o combate aos microrganismos, eliminar odores e inclusive remover o acúmulo de resíduos gordurosos. Atualmente, existe no mercado uma barra gelatinosa com desinfetante, que é colocada dentro do ralo após a higienização. Essa barra tem a função de manter o ralo sem contaminação vinda do sistema de drenagem. Outras informações importantes: A limpeza e manutenção devem ser feitas periodicamente nos ralos e encanamentos. É importante saber que não devem ser utilizadas mangueiras de spray ou mangueiras de alta pressão para lavar o chão e ralos, já que partículas e microrganismos podem se espalhar pela área de produção de alimentos por meio das gotículas de água. As ferramentas e equipamentos que foram utilizados para a limpeza do ralo devem ser limpas também para reduzir a probabilidade de contaminação adicional. Por outro lado, o desenho correto do sistema de drenagem para linhas de processamento de alimentos faz toda a diferença em seus procedimentos de limpeza. A inclinação da linha de drenagem e um fator clave que pode aumentar as chances de acúmulo de resíduos. O projeto não deve permitir o acúmulo de água residual e produtos, e devem ser de fácil remoção e/ou montagem, as estruturas em aço inoxidável são as mais recomendas. Referências Bibliográficas: • The importance of clean drainage in food manufacturing facilities. Food Safe Drains. • Ultimate Guide to Sanitary Drains for Food Manufacturers. Drains are often home to some of the nastiest bacteria imaginable. 2022. • Como limpar ralos industriais corretamente? Food Safety Brazil. 2017. • Guide to Hygienic Drainage Performance. The importance of hygienic drainage in food and drink manufacturing. Whitepaper. 2020. • P Madsberg. Self-cleaning and flow in drainage systems Ehedg Year Book. 2018.

01/12/2022
MAIS
Imagem Thumbnail' ?>

Salmonella: Uma Guerra Real na Indústria de Alimentos

Características da Salmonella spp.: A Salmonella é um gênero da família Enterobacteriaceae, caracterizado por bactérias Gramnegativas, anaeróbias facultativas, não formadoras de esporos e em formato de bastonetes curtos (1 a 2 µm). A temperatura ótima de crescimento é de aproximadamente 38°C e a temperatura mínima para o crescimento é de cerca de 5°C. Pode ser destruída exposta a temperatura de 60°C por 15 a 20 minutos. É conhecida por sobreviver por longos períodos em produtos alimentícios de baixa umidade e em amplas faixas de pH. Alimentos frequentemente associados a infecções por Salmonella spp.: A Salmonela spp. pode contaminar uma grande variedade de alimentos, incluindo carne de frango, peru, carne bovina, carne de porco, ovos, frutas, legumes, brotos, atum cru, cogumelos, cebolas, pêssego, mamão, outros vegetais e até alimentos processados como manteigas de nozes e amendoim, tortas congeladas e derivados de frango. Sendo a carne de aves e seus derivados um dos principais alimentos envolvidos em surtos de infecções alimentares por Salmonella spp. Especiarias e ervas também podem ser contaminadas já que a Salmonella spp. é capaz de sobreviver a baixas condições de umidade. Isso significa que esses organismos podem viajar e quebrar barreiras geográficas mediante o comercio mundial de especiarias e ervas. Os alimentos contaminados com Salmonella spp. geralmente têm aparência, gosto e cheiro normais, por isso é importante saber como prevenir a contaminação. Possíveis origens de contaminação: A bactéria se espalha através da água contaminada e do meio ambiente, vive no trato gastrointestinal de animais domésticos e selvagens, sendo a material fecal uma das principais fontes de contaminação. Essas fontes podem acabar entrando em contato com alimentos por causa da higiene ineficiente, sendo os alimentos contaminados a principal via de transmissão da Salmonella spp. Além disso, a bactéria também pode passar diretamente das fezes de uma pessoa ou animal infectado para os saudáveis. Patogenicidade: A presença de Salmonella spp. em alimentos é um problema relevante de saúde pública que não deve ser tolerado, pois uma única célula da bactéria pode iniciar a doença em indivíduos com sistema imunológico enfraquecido. É uma das principais zoonoses em todo o mundo e é responsável por mais hospitalizações e mortes do que qualquer outro patógeno de origem alimentar já que a maioria dos sorotipos desse gênero são patogênicos ao homem. A doença é conhecida como Salmonelose e é causada pela bactéria Salmonella não tifoide, afeta humanos e animais. As manifestações clínicas são vastas e depende da variação da patogenicidade, da idade e da resposta imune do hospedeiro, entretanto as desordens gastrintestinais são as manifestações mais comuns. Enquanto aproximadamente 2.500 sorotipos foram identificados, a maioria das infecções humanas é causada por dois sorotipos de Salmonella: S. Typhimurium e S. Enteritidis. Prejuízos causados por surtos de Salmonella spp. nas indústrias: Os surtos de Salmonella spp. em industrias causadas por falhas nas Boas Práticas de Fabricação pode trazer graves prejuízos, como perdida de uma quantidade considerável da produção gerando por consequência grandes perdas financeiras. A contaminação microbiológica em alimentos industrializados, também pode afetar as questões legais, já que o descumprimento dos termos legais é considerado infração sanitária, e sujeita a empresa às penalidades que implicam advertência, apreensão, interdição, cancelamento da  autorização de funcionamento, cancelamento do registro do produto, e/ou multa. Medidas de prevenção: Como evitar a propagação de Salmonella spp. nas indústrias? As fontes comuns de contaminação por Salmonella spp. nas indústrias de processamento de alimentos incluem: matéria fecal de animais e humanos; sujeira do solo; ingredientes crus, especialmente aves; embalagens sujas; mãos e roupas dos trabalhadores mal higienizados. A prevenção é a única solução para enfrentar este problema e requer medidas de controle em todas as etapas da cadeia alimentar, desde a produção agrícola, até o processamento e preparação de alimentos tanto em estabelecimentos industriais quanto comerciais e domicílios. Portanto, sendo as indústrias de processamento de alimentos a primeira linha de defesa contra a Salmonella spp. é fundamental conhecer os principais fatores associados à segurança microbiológica dos alimentos: • Procedência das matérias primas: se deve ter conhecimento da procedência de matérias primas e as condições de armazenamento após a colheita, por exemplo, os pós secos são produtos perigosos, uma vez que muitas instalações de pó seco possuem espécies de Salmonella dormentes. É recomendado realizar uma pré-amostragem antes do ingresso desses produtos na planta. • Programas de higiene: a indústria deve ter Programas de Higiene específicos para cada setor a fim de controlar da proliferação de Salmonella spp., os programas devem detalhar as abordagens que a serão utilizadas para manter um ambiente apropriado para o processamento de alimentos. Por sua parte, os supervisores devem verificar regularmente se todos os procedimentos estão sendo seguidos. • Barreiras sanitárias: para minimizar a possibilidade do ingresso de microrganismos dentro da indústria é recomendado o uso de barreiras sanitárias. Por exemplo, a existência de pragas como pombos, ratazanas e ratos constituem uma fonte de contaminação por Salmonella spp. para toda indústria de alimento. Mesmo quando as pragas estão fora das instalações, os microrganismos, acarreados por eles, podem ser levados dentro da indústria a traves do ar, calçados e roupa dosfuncionários, rodas de veículos como empilhadeiras, etc. Portanto, torna-se fundamental a função das barreiras sanitárias como tapetes desinfetantes para calçados e rodas, banhos de aspersão e a manutenção das condições de higiene dos filtros de ar. Por outro lado, o uso de uniformes e EPIs constituem uma barreira sanitária essencial para evitar o contato direto entre o funcionário e o alimento. • Desenho das instalações: esse fator também deve ser pensado adequadamente para evitar a contaminação microbiológica em produtos acabados, embalagens, e a contaminação cruzada entre alimentos crus e prontos para consumo. • Funcionários: referente aos funcionários, eles devem ser treinados em procedimentos adequados de higiene com ênfase nos procedimentos de lavagem das mãos e uso de EPIs. É importante realizar um controle e nunca permitir que alguém trabalhe quando sofre de diarreia, febre, vômitos e cólicas abdominais. • Umidade: a umidade é um fator importante a ser considerado já que a Salmonella spp. pode sobreviver com facilidade na presença de uma fonte de água e alguns nutrientes. Uma fábrica seca e limpa é realmente importante para evitar a supervivência dela. Considerando isso é recomendável adotar medidas de higienização a seco, de ser possível, para manter a presença de água ao mínimo. • Sistemas de drenagem: para controlar a contaminação microbiológica é fundamental que os sistemas de drenagem sejam projetados de forma que permitam guiar qualquer residual liquido de forma ordenada, sem que ocorram espirros, e por outro lado, é fundamental manter a higiene das tubulações, canais e ralos mediante o uso de produtos especialmente desenhados para esta área. • Biofilmes: os microrganismos como a Salmonella spp. possuem diferentes maneiras de resistir as condições do ambiente, uma delas é a formação do biofilme que são estruturas muito resistentes, por isso é recomendado o uso de produtos específicos que quebram a matriz do biofilme expondo as bactérias para ser eliminadas, finalmente é útil a utilização de produtos para detectar que esses biofilmes foram eliminados. Referências bibliográficas: • Cristina Paiva de Sousa. The impact of food manufacturing practices on food borne diseases. Food Science and Technology. Braz. arch. biol. technol. 51. Aug 2008. • Olugbenga Ehuwa, Amit K. Jaiswal, Swarna Jaiswal. Salmonella, Food Safety and Food Handling Practices. Foods 2021, 10(5), 907; • Salmonella and Food. CDC-Food Safety Home Page. Last reviewed: May 27, 2022. • Salmonella control in food manufacturing. Safety Skills. • Multi-country outbreak of Salmonella Typhimurium linked to chocolate products – Europe and the United States of America – World Health Organization-26 April 2022. • Rapid outbreak assessment: Multi-country Salmonella outbreak linked to chocolate products. EFSA- European Food Safety Authority. Published:12 April 2022. • Aline Santana. Cinco segredos para evitar que Salmonella vá parar no produto. Food Safety Brazil. 2017. • A.L.S.P. Cardoso; E.N.C. Tessari. Salmonela na segurança dos alimentos. Salmonela na segurança dos alimentos. Divulgação técnica. Instituto Biológico, Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio Avícola, SP, Brasil. 2008 • Neide Kazue Sakugawa ShinoharaViviane Bezerra de BarrosStella Maris Castro JiménezErilane de Castro Lima MachadoRosa Amália Bombeiro DutraJosé Luiz de Lima Filho. Salmonella spp., importante agente patogênico veiculado em alimentos. Ciênc. saúde coletiva 2008.  • Salmonella. Escola Superior de Biotecnologia Universidade Católica. Blog da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica. República Portuguesa. • Barreiras Sanitárias – Bio-exclusão e Bio-contenção. Universidade Federal de Alagoas. • G. Ramos; G. Silva; W. Ribeiro; J. Nascimento. Salmonella spp. em produtos lácteos no Brasil e seu impacto na saúde do consumidor.

19/10/2022
MAIS
Imagem Thumbnail' ?>

Higienização de sistemas de drenagem e bandejas de evaporadores. Um problema oculto.

Higienização de sistemas de drenagem e bandejas de evaporadores. Um problema oculto. A higienização dos sistemas de drenagem e bandejas de evaporadores industriais é um processo crítico em uma indústria alimentícia. São superfícies sem contato direto com alimentos, mas o acumulo de água e resíduos, os transformam em uma fonte potencial de contaminação onde proliferam micro-organismos. Para evitar que estes sistemas se tornem propícios para o crescimento de microrganismos prejudiciais é preciso usar produtos com tecnologias avançadas que atendem os desafios únicos associados ao controle microbiológico.   Sistema de drenagem: O sistema de drenagem que inclui grades e canais, ralos, cestas de filtro e fossas, é o receptor da sujidade gerada durante o processo de produção, também recolhe as soluções detergentes e desinfetantes usadas durante o processo de higienização e possíveis derrames acidentais do produto alimentar. Um sistema de drenagem industrial deve cumprir sua função ao deixar o ambiente livre de líquidos estagnados, o que minimiza a contaminação nos processos de manipulação dos alimentos. Os ralos são uma das maiores fontes de contaminação na indústria de alimentos. Eles atuam como um concentrador da biodiversidade que existe em uma fábrica e pode gerar um ambiente propicio para o crescimento de micro-organismos patógenos como Salmonella spp., Listeria spp. e outros em indústrias de carne, lácteas e alimentícias em geral. A presença de micro-organismos patogênicos em drenos da indústria alimentícia revela a importância do processo de limpeza e desinfecção dos sistemas de drenagem, para controlar a proliferação destes micro-organismos evitando o desenvolvimento de biofilmes. Para uma higienização adequada é importante remover os resíduos sólidos do piso nas áreas de processamento de alimentos. Estes devem ser retirados do chão manualmente, sempre que possível, e colocados num contentor de resíduos. No entanto, sempre haverá alguns detritos sólidos deixados que devem ser descarregados no sistema de drenagem, cujo projeto construtivo deve permitir que todos os detritos sólidos sejam removidos manualmente em um único ponto: a cesta de filtro. Depois da remoção dos resíduos, é recomendável o uso de produtos para controle microbiológico no sistema de drenagem. Existe um produto especialmente desenvolvido para realizar esta tarefa. O produto é um bloco desinfetante que deve ser colocado no ralo onde o mesmo sofre hidratação pela água de repouso do ralo ou pelo fluxo da água do sistema de drenagem, mudando para a forma de gel permitindo liberar facilmente o ativo e realizar uma eficiente desinfeção. Por outro lado, um desenho higiênico de ralos, canais e sistemas de drenagem é um aspecto fundamental do qual depende o resultado obtido após os processos de limpeza e desinfecção. O tipo de dreno, sifão instalado, o cesto para coleta de sólidos, os tipos de grades e canais instalados, são essenciais para garantir o fácil acesso das partículas de resíduos ao ralo e evitar possíveis barreiras que dificultem o pre-exague e enxágue adequados. Estas estruturas devem seguir normas sanitárias com projeto que não permita o acúmulo de água residual de produtos e apresente uma estrutura totalmente em aço inoxidável, que seja de fácil remoção e/ou montagem. O desenho e higienização adequados nos sistemas de drenagem reduz a atividade de bactérias e também a possibilidade de que sejam transportadas de um ambiente para outro.   Bandejas de evaporadores:   O evaporador de ar é um equipamento destinado a atuação em câmaras frigoríficas, armazéns para a conservação de produtos frescos e congelados, ar acondicionado, climatização de grandes salas de processamento etc. Durante o funcionamento do evaporador o ar do ambiente é succionado para dentro do ar condicionado, primeiro é filtrado, logo passa pela serpentina do evaporador onde acontece a troca de calor. Esse ar do ambiente entra a uma temperatura e é jogado de volta ao ambiente a uma temperatura inferior por meio de ventiladores. Quando o ar é resfriado e perde a capacidade de retenção de umidade, então água é formada no processo, a água de condensação, ou simplesmente condensado. A bandeja de condensado retem essa água para que não vaze diretamente no ambiente. Ela tem uma inclinação para que a própria gravidade se encarregue de mandar a água de condensação para uma tubulação de drenagem. O problema surge quando fica água acumulada na bandeja. Podem passar dias até que os resquícios de água sejam eliminados ou evaporados totalmente. À medida que esses resquícios de água da bandeja vão evaporando (da mesma maneira que água derramada no chão evapora), umidade é criada internamente no ar condicionado. Ela se espalha pelos filtros, pela serpentina, pela turbina e pelo restante dele. A água acumulada na bandeja retem toda a sujeira que não foi filtrada, e podem conter impurezas que circularam pelo ar do ambiente, bactérias, vírus, fungos entre outros contaminantes. Com o passar do tempo, os resquícios de água vão se transformando em biofilme. Todo ar do ambiente que passa pelo ar condicionado com biofilme na bandeja, pode carregar parte dessa contaminação junto com ela ao retornar para o ambiente, tornando-se sumamente perigoso. O desafio mais importante que o sistema de refrigeração enfrenta é a formação de biofilme, que pode se transformar em depósitos visíveis de bioincrustação em questão de dias. Os biofilmes tendem a se formar em locais de difícil acesso, e quando as condições se tornam desfavoráveis, eles se propagam liberando bactérias na água a granel para habitar outras superfícies. Múltiplos mecanismos de sobrevivência tornam os biofilmes tenazes e difíceis de controlar. Os biofilmes além de transmitir enfermidades são isolantes, afetam a transferência de calor e aumentam significativamente os custos operacionais e de produção. As bactérias do biofilme podem danificar as tubulações e equipamentos de sistemas de refrigeração, provocando corrosão microbiológica. Este tipo de corrosão é responsável por até 50% dos custos totais da prevenção e tratamento da corrosão para a economia mundial. A higienização de filtros, de bandejas de evaporador, de superfície da serpentina do condensador e evaporador, deve ser realizada periodicamente (depende da atividade e uso) utilizando produtos adequados. Um produto especialmente indicado para bandejas de evaporadores, é aquele mencionado anteriormente para desinfecção de ralos, onde o princípio ativo está concentrado em um bloco que é transformado em gel em contato com água. Ele controla o crescimento de micro-organismos prejudiciais e evita a formação de biofilmes, outorgando segurança as pessoas e produtos alimentícios que estão em contato com o ar liberado pelo evaporador.   Referências bibliográficas: Como limpar ralos industriais corretamente? 2017. Disponível em: https://foodsafetybrazil.org/como-limpar-ralos-industriais-corretamente/ A. da Silva. Manual de Boas Práticas de Fabricação para Indústria Fracionadora de Alimentos. Revista de Ciência & Tecnologia, v.16, n. 32, p. 39. https://www.metodista.br/revistas/revistas-unimep/index.php/cienciatecnologia/article/viewFile/778/315 Lo que puede hacer un buen desagüe por la higiene alimentaria. Disponível em: https://higieneambiental.com/higiene-alimentaria/lo-que-puede-hacer-un-buen-desague-por-la-higiene-alimentaria

26/06/2022
MAIS
Imagem Thumbnail' ?>

Higienização na indústria de alimentos

A palavra "higienização" deriva do grego hygieiné que significa "saúde". A higienização envolve os processos de limpeza e desinfecção, que são complementares. O processo de limpeza consiste na remoção de substâncias ou minerais como terra, poeira, gordura e outras sujidades indesejáveis, a limpeza, se bem executada, pode eliminar de 80 a 90% das partículas de sujidades.  O processo de desinfecção consiste na eliminação de micro-organismos para prevenir o crescimento destes durante o período de produção, este processo é alcançado mediante a aplicação de agentes ou processos químicos ou físicos a uma superfície limpa (MANUAL DE HIGIENIZAÇÃO DA INDÚSTRIA ALIMENTAR, s/d). A higienização na indústria de alimentos se insere junto as Boas Práticas de Fabricação (BPF) e tem como objetivo principal a obtenção de produtos seguros para a população humana (Andrade, 2008). As atividades de higiene devem abranger pessoal, instalações, equipamentos, utensílios, materiais de produção, recipientes, produtos para limpeza e desinfecção e qualquer outro aspecto que possa constituir fonte de contaminação.   Etapas da Higienização: Limpeza da sujidade macroscópica: o processo de limpeza inicia-se com uma primeira remoção da sujidade macroscópica que pode ser a seco ou incluindo um processo de enxaguamento. Nesta etapa são removidas partículas de sujidade e alguns microrganismos, que são arrastados com os outros resíduos. Limpeza com detergente: numa segunda etapa, aplica-se o detergente, o qual vai atuar sobre as partículas de sujidade que se encontram aderidas, diminuindo a sua ligação às superfícies permitindo a sua remoção. Enxágue: numa terceira etapa dá-se o enxaguamento para a remoção completa das partículas, entretanto libertadas, do detergente aplicado e uma vez mais de alguns microrganismos. Desinfecção: nesta etapa aplica-se o desinfetante que atua na eliminação dos microrganismos. Enxágue: quinta etapa, indispensável para alguns tipos de desinfetantes, mas não todos os desinfetantes precisam serem enxaguados. Secagem: tem como finalidade a remoção da água em excesso, de modo a evitar que a humidade residual favoreça o crescimento de microrganismos. Responsabilidade dos colaboradores na higiene da indústria: Os colaboradores tem um papel fundamental na higiene da indústria é por isso que todos eles devem ser treinados para realizar o processo de higienização, usar o equipamento de proteção corretamente e para manter a higiene pessoal. A higienização traz diversos riscos como, pisos molhados ou escorregadios, produtos químicos, trabalho em altura, projeção de partículas pequenas contra os olhos, ou mesmo o simples fato de retirar um lixo, pode causar acidentes. A empresa deve assegurar que os colaboradores utilizem paramentação limpa e adequada a cada área e atividade para evitar acidentes. A paramentação é o nome dado ao processo que corresponde à troca de vestes rotineiras (roupas pessoais) por vestimentas adequadas, para a área industrial, como uniforme e EPIs. Os equipamentos de proteção individual (EPIs) é todo dispositivo de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde. Além disso a utilização destes acessórios visa evitar a contaminação dos produtos através da saliva, cabelos ou de contato com resíduos trazidos da rua pelos colaboradores ou visitantes. Os EPIs usados numa indústria incluem uniforme, avental impermeável, calçado impermeável, máscaras filtrantes, óculos, luvas, protetor auricular, em caso de limpeza em altura: cinto de segurança, capacete etc. Estes acessórios deverão estar disponíveis nos pontos de acesso as áreas produtivas e também em importantes áreas de circulação. Por outro lado, os colaboradores devem manter perfeita higiene pessoal: banho diário, cabelos limpos, penteados e presos e unhas limpas e aparadas. Lavar as mãos com água e sabão após o uso do sanitário, antes da alimentação, ao iniciar e terminar as atividades.   Ambientes e instalações: O projeto das áreas industriais deve possibilitar a limpeza e a manutenção adequada para evitar a contaminação e acumulo de partículas e micro-organismos. Os tetos, paredes, janelas, balcões, equipamentos das instalações e arredores dos edifícios devem ser mantidos em bom estado de conservação e higiene. A limpeza e desinfecção das áreas deve ser realizada conforme procedimentos adequados descritos no programa de higienização de cada indústria, também devem ser mantidos os registros correspondentes. Tipos de limpeza: Limpeza manual: é realizada manualmente pelo ser humano utilizando equipamentos e acessórios de limpeza como escovas, rodos, vassouras, mecanismos abrasivos, mangueiras, etc., além de água e detergente. Limpeza a seco: utilizada na remoção, sem água, de material residual aderido à parede interna dos equipamentos, superfícies etc. mediante o uso de ferramentas como raspadores. É feita antes do início do processo de lavagem, o que contribui para a diminuição do consumo de água e agentes de limpeza. Limpeza por imersão: neste tipo de limpeza os utensílios, partes desmontáveis de equipamentos e tubulações são imersos em solução detergente, apropriada para o tipo de sujidade que se quer remover, durante o tempo recomendado. A imersão pode ser realizada com ou sem agitação. Após este tempo as superfícies serão escovadas e enxaguadas. Limpeza mecanizada: o método de limpeza mecanizada pode utilizar como auxilio as maquinas de media ou alta pressão para limpeza de equipamentos, superfícies, etc. Para aplicação do método é sempre necessário colaboradores treinados. Uma das desvantagens do método é geralmente o alto consumo de água. Limpeza automatizada: a limpeza automatizada de equipamentos e linhas produtivas mais conhecida pela sigla CIP (cleaning in place), se refere à limpeza, executada sem o desmonte da linha de produção. Possui a vantagem de diminuir o uso de mão de obra, consumo de água, de soluções de limpeza e energia. Os sistemas são montados nos próprios equipamentos produtivos e consistem em tubulações para água e detergentes, reservatórios de solução de limpeza e bicos spray.  Através do sistema CIP os produtos mais solúveis e de baixa aderência podem ser removidos com água quente. Já os mais viscosos, que possuem a tendência de aderir nos equipamentos, exigem a utilização de agentes químicos adequados e indução de efeitos mecânicos para a limpeza. Os sistemas COP (Clean Out Place) são usados para limpar pequenos equipamentos que não seriam alcançados por um sistema CIP, estes incluem: acessórios, guarnições, braçadeiras, utensílios de manuseio de produtos, hélices de tanque, rotores de bombas, impulsores, carcaças, mangueiras etc.  Os sistemas COP economizam tempo, produtos químicos e uso da água, minimizam a exposição do operador a altas temperaturas e fortes concentrações químicas. Por outro lado, dependem muito de trabalhos manuais devido à sua desmontagem, montagem e abastecimento e descarte dos químicos de limpeza. Desinfecção: A escolha de o desinfetante adequado depende das características das superfícies, tempo e temperatura de contato, concentração, tipo de resíduo, pH, propriedades físico-químicas da água, substancias inativadoras, o tipo e a concentração de micro-organismos contaminantes (Andrade, 2008). Os desinfetantes devem apresentar toxicidade e corrosividade baixas, serem estáveis nas condições de uso, de amplo espectro de ação antimicrobiana, ação rápida, e que sejam aprovados pelos órgãos competentes como o Ministério da Saúde. Os mecanismos de ação dos produtos desinfetantes incluem: impedimento do metabolismo celular pelo bloqueio da membrana, coagulação das proteínas celulares, dissolução de substancias celulares, lesão irreversível e alteração da pressão osmótica (Spreer, 1991). Importância da água no processo de higienização: O fornecimento de água de boa qualidade é essencial para o funcionamento da indústria de alimentos, sendo usada não só na operação de limpeza e desinfecção, mas também no processamento, transferência de calor, produção de vapor, como solvente dos agentes de limpeza e desinfecção e também para lavagens e enxague. A qualidade química e microbiológica da água é, por conseguinte, de importância decisiva para a eficiência dos processos de limpeza. Em princípio, a água usada na limpeza deve ser potável.   Referências bibliográficas: Silva, P. R. Santos Dutra, I. M. Cadima. Higiene na indústria de alimentos. E-tec Brasil. Universidade Federal Rural de Pernambuco. 2010. Ozga Immig. Higienização na Industria de Alimentos. Universidade Federal de Río Grande do Sul. Porto Alegre. 2013. Manual De Higienização Indústria Alimentar. Disponível em: https://docplayer.com.br/909254-Manual-de-higienizacao-industria-alimentar.html Paramentação de Uniformes em Empresas. 2016. Disponível em: https://foodsafetybrazil.org/paramentacao-de-uniformes-em-empresas/

03/02/2022
MAIS
Imagem Thumbnail' ?>

Como fazer a descontaminação do ar a seco na indústria?

A importância da qualidade do ar em uma indústria de alimentos: A indústria de alimentos é um dos setores mais exigentes em relação a qualidade do ar. O ar é o um veículo muito propício para o arraste de partículas físicas, químicas e biológicas por isso manter a qualidade do mesmo é importante para garantir a segurança da matéria prima, produtos, embalagens, e a saúde dos consumidores e funcionários da empresa. Na indústria de alimentos são requisitos essenciais o controle de partículas prejudiciais, de micro-organismos como bactérias, fungos, esporos, vírus, e da temperatura e umidade do ambiente. Um ambiente com contaminação do ar gera problemas de qualidade e segurança nos produtos. Um alto grau de umidade pode condensar nas superfícies e promover o aparecimento de fungos, proliferação de bactérias, deterioração das instalações, corrosão do sistema de tubulação e equipamentos, danos aos controles pneumáticos levando a paralisações, ferrugem e aumento do desgaste do equipamento de produção. Além disso, muitos alimentos são altamente higroscópicos, absorvem a umidade do ambiente, o que prejudica suas características e diminui a validade do mesmo. A qualidade do ar deve manter-se estável, em todos os setores da indústria, produção, envasado, armazenamento. Métodos para desinfeção do ar a seco: Como já mencionamos, a umidade é o grande inimigo a se vencer nas indústrias alimentícias. Para descontaminar o ar industrial, controlando a umidade do ambiente são necessários métodos de higienização especiais, é nesses casos que a descontaminação a seco deve ser aplicada. A descontaminação do ar a seco não utiliza água ou produtos líquidos e pode ser feito empregando distintos métodos: Ventilação: É importante assegurar uma ventilação adequada com fluxos de ar nas diferentes áreas da indústria. A ventilação é um método de descontaminação fundamental para regular fatores como temperatura e umidade dos ambientes, movimentando partículas suspensas no ar evitando o acumulo delas. Uma circulação de ar apropriada pode eliminar a maioria dos problemas de qualidade do ar em uma indústria. Filtro de ar: Por médio de um processo de filtragem do ar, as partículas e micro-organismos são capturados e retidos no filtro, a eficiência desse método depende do tipo de filtro escolhido para o qual é necessária uma análise previa dos tipos e tamanhos de contaminantes presentes no ambiente. A pureza do ar necessária em cada indústria varia, portanto, é importante adquirir o sistema de filtro industrial ideal para cada situação. Fumígeno: Um fumígeno é um desinfetante a base de fumaça, utilizado no controle microbiológico. A fumaça atua como meio de transporte do princípio ativo, e permite sua aplicação em superfícies, em locais altos e de difícil acesso, além disso ajuda a purificar e desinfetar o ambiente em geral, sendo ideal para áreas a serem desinfetadas onde o uso de água não é recomendado ou a umidade pode ser um problema. É um método altamente eficaz sobretudo pelo fato de não produzir umidade ao efetuar a sua aplicação. A aplicação é muito pratica, pois bastará apenas acionar ou acender o pavio deste produto e deixá-lo agir no espaço onde se encontra. Equipamentos de radiação ultravioleta: Os equipamentos de radiação ultravioleta são utilizados para purificação do ar. A radiação ultravioleta (UV) altera o DNA dos micro-organismos, bloqueia a reprodução celular e ocasiona a morte dos mesmos. Estes equipamentos funcionam a través de um ventilador embutido onde o ar é introduzido para dentro do duto e forçado a passar através das lâmpadas UV, eliminando os micro-organismos prejudiciais presentes no ambiente. Este é um método inofensivo para as personas presentes no local, e não afeta a umidade do ambiente. Descontaminação de sistemas de ar acondicionado: A má qualidade do ar nos locais fechados, se deve principalmente à má higienização dos aparelhos de ar condicionado e a falta de controle periódico. Estes sistemas de ar acondicionado devem ser mantidos livres de poluentes, para evitar que estes contaminem o ar durante seu funcionamento. Além da limpeza dos filtros é preciso estar sempre atento à limpeza da bandeja de condensado, existem produtos que formam gel que são aplicados nessas bandejas para controlar o desenvolvimento de microrganismos prejudiciais, e evitar a formação de incrustações. Ozonização: O ozônio é um gás oxidante de alto poder para combater micro-organismos e degradar causadores de odores. O ozonizador de ar é um aparelho que libera uma grande quantidade de descargas elétricas no ambiente, e como resultado quebra as moléculas de oxigênio, dividindo-as e produzindo moléculas de gás ozônio que atuam como antimicrobianos. Como garantir a qualidade do ar: Para garantir a qualidade adequada do ar os aspectos a avaliar são: tipos de contaminantes, tamanho, e quantidade, que variam significativamente dependendo do tipo de indústria, temperatura e umidade. Também deve ser levado em consideração as possíveis fontes de contaminação como fluxo de produtos, matérias primas e resíduos, fluxo de pessoas em todas as fases do processo produtivo, e o ambiente externo da indústria. Avaliar quais são as possíveis fontes de contaminação é fundamental para inicialmente focar os esforços na sua redução. Portanto analisar esses aspectos permitirá escolher o equipamento ou produto de descontaminação correto para manter a pureza do ar indicada para cada ambiente industrial. Também é necessário estabelecer programas adequados de limpeza e desinfeção, que incluam higienização periódica do ambiente, atingindo pontos de difícil acesso, que não são considerados nos procedimentos de higiene diária, e monitoramento constante que incluam atividades de manutenção preventiva para filtros, registros de limpeza, substituição de peças, etc. Os programas de limpeza devem incluir a realização de testes microbiológicos para validação dos métodos de higienização. Estes testes podem ser realizados por meio da técnica de sedimentação do ar em placas de Petri contendo meio de cultura específico para o tipo de microrganismo que se deseja verificar, e deve ser realizado em pontos específicos da indústria. Geralmente os microrganismos avaliados são os mesófilos aeróbios, fungos e leveduras. Existem, também, equipamentos que fazem a sucção do ar para uma placa de Petri com o meio de cultura. Por outro lado, é fundamental mencionar que a indústria deve ter sistemas de ventilação que permitam o fluxo de ar positivo nos diferentes setores que ajude a manter a qualidade do ar. Referências bibliográficas: Como avaliar a qualidade do ar ambiente em indústrias de alimentos. Food Safety Brazil. 2017. Qualidade do Ar em Ambientes de Produção de Alimentos. E-Food.2020. Trotta Consulting, S.L – Manual de Manipuladores de Alimentos para Industrias, 5ª Edición. 2005. Boas práticas de armazenagem na indústria de alimentos. Embrapa. 2000

07/01/2022
MAIS
Imagem Thumbnail' ?>

Contaminação Microbiológica de produtos lácteos

As condições mais relevantes do meio para a reprodução dos microrganismos são a disponibilidade de nutrientes e umidade, razão pela qual o leite é um meio ideal (MADRID, 1996). O leite está conformado de 87,3% de teor de água, e 12,7% de sólidos totais; carboidratos, lipídios, proteínas, vitaminas (A, D, B1, B2, B12, outras) e sais minerais (cálcio, sódio, potássio e magnésio), pH 6.5-6.7 ligeiramente ácido (TRONCO 2010), estas características favorecem o crescimento de uma flora microbiana diversa. Os derivados lácteos têm propriedades diferentes do leite, alguns nutrientes se concentram e outros são removidos, a atividade aquosa, pH e potencial redox, entre outros parâmetros, são modificados, o que reduz o crescimento de alguns micro-organismos. Principais fontes de contaminação microbiológica de produtos lácteos: Processo de ordenha: Nessa etapa é importante a higienização do animal, o úbere do mesmo é uma fonte importante de micro-organismos devido ao contato com o solo, estrume etc. além disso, é fundamental a higienização dos utensílios, equipamentos e funcionários. O leite cru extraído deve ser refrigerado, porém ainda assim pode apresentar carga microbiana. Aqui aparecem bactérias como Staphilococcus aureus, Streptococcus spp., Salmonella spp., Brucellas spp., Mycobacterium spp. (Matyos, 1969); Enterococcus spp., Lactococcus spp., Leuconostoc spp., Lactobacillus spp., Propionobacterium spp., Micrococcus spp., Proteus spp., Pseudomonas spp., Bacillus spp. e Listeria spp., assim como alguns representantes do grupo dos coliformes (JAY, 2005). A maioria deles são eliminados mediante a pasteurização, exceto os mais resistentes e os esporos produzidos por algumas bactérias como Clostridium spp. e Bacillus spp. Devemos considerar também que a pasteurização ineficiente favorece o desenvolvimento de micro-organismos prejudiciais (RABELO et al., 2001; VALLE 1995). Processo produtivo: Os equipamentos, embalagem, condições de transporte, armazenamento, manipuladores, no processo de fabricação de lácteos são fontes de contaminação microbiológica na indústria láctea. A falta de higiene durante estas etapas é evidenciada pela aparição de família da Enterobacteriaceae: Edwardsiella spp., Salmonella spp., Shigella spp., Serratia spp., Proteus spp; e Yersinia spp., Escherichia spp., Citrobacter spp., Klebsiella spp. e Enterobacter spp., os quatro últimos são coliformes que indicam ocorrência de contaminação de origem fecal e falta de higiene do manipulador. Condição do ar na indústria: Vários micro-organismos resistentes podem permanecer no ar e contaminar os alimentos. Os microrganismos Gram negativos morrem rapidamente, enquanto os microrganismos Gram positivos e esporulados podem persistir por muito tempo no ar. Os indicadores de contaminação do ar são: Micrococcus spp., Streptomyces spp. fungos e esporos de fungos como Penicillium spp. e Aspergillus spp. Leveduras são raramente encontradas em suspensões de ar (AMIOT, 1991). Água de limpeza: A água utilizada na limpeza dos equipamentos, utensílios e instalações pode ser uma importante fonte de microrganismos psicrotróficos como Pseudomonas e de bactérias coliformes (HAYES, 1993). Resíduos de produtos lácteos: Os resíduos de lácteos numa indústria são uma ótima fonte para a proliferação de micro-organismos, especialmente se as condições de temperatura e umidade do ambiente forem ideais para o seu desenvolvimento. Solo: É a principal fonte de microrganismos termodúricos e termofílicos. O leite nunca entra em contato com o solo, mas sim os animais, os utensílios e o pessoal, de modo que é através deles os microrganismos telúricos como Clostridium spp. podem contaminar o leite (ICMSF, 200).   Micro-organismos benéficos de produtos lácteos: Existem alguns microrganismos como bactérias láticas, que atuam beneficamente sobre os produtos lácteos, conferem aroma e sabor característicos dos mesmos (ORDOÑEZ, 2005). Também existem fungos benéficos usados no processo de elaboração de derivados lácteos como queijos.   Micro-organismos prejudiciais de produtos lácteos: Podemos classificar aos micro-organismos prejudiciais como:   Patogênicos, são aquelas capazes de causar danos à saúde do consumidor: Listeria monocytogenes; Escherichia coli patogênica; Yersinia enterocolitica; Salmonella spp; Bacillus cereus; Staphylococcus aureus; Clostridium botulinum; Bacillus spp.; Deteriorantes, são responsáveis por provocar alterações organoléticas nos alimentos, não são considerados patogênicos: Pseudomonas spp.; fungos; leveduras; Micrococcus spp.; Bacillus subtilis. Indicadores, evidenciam a falta de higiene dos equipamentos, manipulador e deterioração potencial do alimento. Coliformes, fungos, leveduras. Os alimentos alterados por deteriorantes apresentam manifestações pelo seu aspecto ou odor e, geralmente, não apresentam perigos sérios à saúde, apesar de serem considerados impróprios para consumo. Os alimentos contaminados por patógenos não apresentam, normalmente, manifestações perceptíveis, o que torna necessária a realização de controles correspondentes, a fim de assegurar a qualidade microbiológica do produto. Entre os micro-organismos prejudiciais encontramos: Micro-organismos termodúricos: Resistem à pasteurização, estão presentes no solo, forragens, silagem, esterco, equipamentos (REVILLA, 1985). Tem importância em produtos lácteos como leite pasteurizado, queijos, leite evaporado, leite achocolatado etc. Estes micro-organismos pertencem aos gêneros: Mycobacterium spp., Micrococcus spp., Enterococcus spp., Streptococcus spp., Arthrobacter spp., Lactobacillus spp., e bactérias formadoras de esporos pertencentes aos géneros Bacillus spp., Paenibacillus spp. y Clostridium spp. Conferem características de ranço aos produtos. Clostridium botulinum produz toxinas patogênicas. O Bacillus subtilis produz viscosidade e coagulação do leite cru ou pasteurizado (JAY, 2005).  Bacillus cereus pode causar defeitos sensoriais e diminuir a vida de prateleira dos produtos lácteos. Micro-organismos psicrotróficos: São capazes de proliferar em temperatura de refrigeração. Podem contaminar leite, creme, queijo, manteiga, leite achocolatado, ricota, iogurte, sorvete. São Pseudomonas spp., Aeromonas spp., Serratia spp., Alcaligenes spp., Bacillus spp., Clostridium spp., Streptococcus spp. e Lactobacillus spp., Listeria monocytogenes (SORHAUG & STEPANIAK,1997). Os psicrotróficos produzem enzimas proteases e lipases que deterioram os produtos lácteos: Pseudomona spp. produz enzimas que resistem 80°C (MADRID 1996), causando alterações em produtos pasteurizados, conferem, cor azul no leite e creme, odor e sabor ranço nos produtos. Serratia marcescens, Micrococcus roseus conferem cor rosa ou vermelha ao leite e derivados. Bacillus cereus pode causar intoxicações (PENG et al., 2001). Enterobacteriaceae: A família compreende vários gêneros já mencionados incluindo coliformes, são bacilos Gram negativos, anaeróbios facultativos e sensíveis à alta temperatura, sendo destruídos na pasteurização do leite, se multiplicam fora e dentro dos intestinos de animais e humanos. Sua presença indica falta de higiene nas instalações ou manipulador. Podem contaminar todos os produtos lácteos. São os mais abundantes na temperatura de 25 a 30°C, por isso é imprescindível a refrigeração à 4°C para inibir a multiplicação dos microrganismos mesófilos. Fungos:  São transportados pelo ar, são aeróbicos, afetam as características organolépticas dos laticínios, diminuem a vida de prateleira, além de que produzem micotoxinas e agentes alergênicos, representando um perigo a saúde do consumidor. O desenvolvimento de fungos filamentosos e favorecido pela umidade do ambiente. Alteram todo tipo de produtos lácteos. Alguns tipos de fungos são osmotolerantes, crescem numa larga amplitude de valores de atividade de água (aW) ou de concentrações de soluto, afetando a produtos como doce de leite, leite condensado etc.  Os gêneros de fungos mais encontrados no ambiente industrial de lacticínios são Penicillium spp., Mucor spp.; Alternaria spp., Rhizopus spp e Aspergillus spp., sua presença indica contaminação no ar e sanitização insatisfatória durante o processamento (Jahn; Garcia; Copetti, 2017). Leveduras:  A presença de leveduras em alimentos, pode ser relacionada à manipulação inadequada, contato com equipamentos, superfícies e utensílios não corretamente sanitizados, ou provenientes da atmosfera ambiental (FURTADO, 1998). Estes microrganismos não sobrevivem aos tratamentos de pasteurização e esterilização, aplicados durante o processamento do leite.  As leveduras podem causar alterações em muitos derivados lácteos, como queijos e cremes, doce de leite, ricota, iogurte, leites concentrados, manteiga, por sua ação sobre a lactose, resultando na produção de CO2 e originando um mau odor pelo processo fermentativo. Algumas espécies são osmotolerantes. A qualidade do leite pode ainda ser afetada pelas enzimas produzidas por esses micro-organismos. Entre eles foram identificados os gêneros Cândidas spp., Cryptococcus spp., Debaryomyces spp., Dekkera spp., Geotrichum spp., Kluyveromyces spp., Pichia spp., Rhodotorula spp., Sporidiobolus spp., e Trichosporon spp. Zygosaccharomyces rouxii; Torulopsis; Kluyverimyces fragilis; Saccharomyces cerevisiae. Vírus:  Ao contrário da maioria dos agentes microbiológicos, os vírus não se multiplicam nos alimentos e o nível de contaminação não aumenta durante o armazenamento. Entretanto, os vírus podem sobreviver por longos períodos nos alimentos e o leite pode veicular esses microrganismos (KOOPMANS; DUIZER, 2004). Poucos gêneros de vírus são capazes de causar alterações nos produtos de origem láctea e estes gêneros são: Poxyvirus, Enterovirus, Flavovirus, vírus da hepatite e bacteriófagos (TRONCO, 2010)   Controle microbiológico em industrias lácteas: Poucas indústrias de alimentos são tão dependentes da qualidade de sua matéria-prima quanto à de laticínios. Não há como melhorar a qualidade de um leite que chega à plataforma da indústria após sofrer algum tipo de deterioração.  A única forma de se obter produtos lácteos seguros é a utilização de matéria prima de boa qualidade além de manter a higiene adequada no ambiente industrial (DÜRR, 2002). O tipo e a carga microbiana inicial, a pasteurização adequada, a temperatura de armazenamento do leite, e as condições de higiene dos equipamentos, do ar e o manipulador são parâmetros que influem na proliferação de micro-organismos prejudiciais. A pasteurização consiste no emprego conveniente do calor, com o fim de destruir totalmente a flora microbiana patogênica sem alteração sensível da constituição física e do equilíbrio do leite, sem prejuízo dos seus complementos bioquímicos, assim como de suas propriedades organolépticas normais (BRASIL, 1952). A cadeia de frio deve ser respeitada desde a concepção, passando pelo armazenamento, até ao transporte do produto, garantindo sua conservação, não permitindo o desenvolvimento de micro-organismos. Referente a higienização é importante evitar, ao longo do processo, o acúmulo de restos de lácteos nas máquinas e instalações, descontaminar os equipamentos, conservar a higiene dos funcionários. Para isso é necessário possuir programas de higienização que incluam realizar limpeza e desinfecções regulares nas instalações e usar produtos convenientes que cheguem até espaços de difícil acesso e que mantenham a umidade e a temperatura em condições adequadas. Também é importante realizar regularmente testes microbiológicos para ter certeza de que a higienização que está sendo realizada é correta.   Referências Bibliográficas: Ministério da Saúde. Resolução no 12/2001 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Regulamento Técnico Sobre Padrões Microbiológicos Para Alimentos. Diário Oficial da União. Brasília (DF); 10 de janeiro de 2001. Autor: Bernadette Dora Gombossy de Melo Franco e Mariza L. Microbiologia dos Alimentos (2005 - Edição 1), Editora: Atheneu Rio. Holliday SL, Beuchat LR. Viability of Salmonella, Escherichia coli O157:H7, and Listeria monocytogenes in yellow fat spreads as affected by storage temperature. J Food Prot. 66(4):549-58. 2003. Maijala R, Lyytikainen O, Autio T, Aalto T, Haavisto L, Honkanen-Buzalski T. Exposure of Listeria monocytogenes within an epidemic caused by butter in Finland. J. Food Microbiol. 22;70(1-2):97-109. 2001. A. Da Silva; A. De F. Kanesaki Correia. Manual de Boas Práticas de Fabricação para Indústria Fracionadora de Alimentos. Revista de Ciência & Tecnologia. v.16, n. 32, p. 39-57. María M. Echeverría Pérez. Evaluación y Mejoramiento De La Calidad Microbiológica de Yogur Artesanal. Universidad de San Carlos de Guatemala, Facultad de Ciencias Químicas Y Farmacia. 2006.

15/12/2021
MAIS
Imagem Thumbnail' ?>

Como utilizar o detergente correto em um processo de limpeza industrial?

O que é um detergente industrial? Os detergentes são substâncias que apresentam a propriedade de reduzir a tensão superficial da água, promovendo um contato mais íntimo entre a água e o objeto a ser limpo, desta forma permite remover e manter em suspensão as sujeiras. O agente capaz de promover este tipo de modificação na tensão superficial da água é denominado de tensoativo. O tensoativo tem uma parte lipofílica, que se liga às gorduras, e uma parte hidrofílica, que se liga à água, fazendo com que a estrutura esférica da gota de água entre em colapso, expandindo a área de contato com a superfície reduzindo desta forma, a tensão superficial. Este componente é o responsável pela formação de compostos organizados, as micelas, encarregadas de deslocar e separar a sujeira das superfícies e mantê-las em solução, para que sejam retiradas com o enxague. No setor industrial onde os processos de higienização são mais exigentes e difíceis, para promover a plena limpeza de superfícies com maior eficiência, é necessário contar com um detergente industrial. O detergente industrial é um produto que possui uma formulação especial, além dos tensoativos, são adicionados uma grande variedade de componentes que, por um lado, potencializam a ação do tensoativo e consequentemente do detergente frente a diferentes tipos de sujidades e por outro lado limitam ou evitam os efeitos indesejáveis do produto, como a corrosão, a superfícies metálicas. Os detergentes industriais estão destinados a serem usados em grandes quantidades de materiais, e diferentes tipos de sujidades difíceis de remover que requer produtos químicos especializados. Qual a importância dos detergentes na higienização industrial? A adoção de práticas higiênicas nas indústrias de alimentos e a escolha e uso adequado do detergente industrial como agente de limpeza, têm várias finalidades: Obter produtos alimentícios de qualidade satisfatória; Proporcionar um ambiente salubre para os funcionários; Proteger os equipamentos e instalações prologando sua vida útil; Minimizar o risco de acidentes; Evitar o risco de contaminação cruzada. Estas são questões fundamentais para manter a competitividade da empresa. Para que todos os alimentos cheguem ao consumidor com segurança, todos os equipamentos, superfícies e utensílios utilizados no processamento desses alimentos, direta ou indiretamente, devem ter condições higiênicas excepcionais para impedir a propagação de partículas indesejadas e evitar a contaminação cruzada durante todo o processamento dos alimentos. A contaminação cruzada é a transferência de contaminantes biológicos, como microrganismos patogênicos, entre alimentos, superfícies e materiais de produção, esta pode ser direta: quando a contaminação se dá diretamente de um alimento contaminado para outro, e indireta: quando a transferência de contaminantes é a partir dos utensílios empregados na manipulação do alimento. Portanto, é necessário implementar programas de higienização e procedimentos específicos para as diferentes áreas de trabalho, tornando todos esses processos uma parte complementar da produção de alimentos. Como escolher o detergente industrial mais adequado? Para escolher o detergente mais adequado para sua indústria, os seguintes critérios devem ser levados em consideração: Que o produto seja recomendado para a indústria alimentícia. Natureza da sujidade a ser limpa: carboidratos, proteínas, gorduras, amido, sais etc.; e sua condição: incorporada, livre ou aderida, se está fortemente aderido à superfície (caramelização, queimado, etc.) ou se adere normalmente. Natureza da superfície: o detergente deve ter baixa capacidade de corrosão na superfície a ser limpa e não deve danificá-la de forma alguma. Método de aplicação: você deve saber como o detergente será aplicado; se for em limpeza CIP, com equipamentos geradores de espuma, ou lavagem manual, que inclui o contato com as mãos, os períodos de exposição, e a proteção necessária. Temperatura de aplicação: importante para saber que EPI será necessária. Compatibilidade com a água: o agente de limpeza não deve depositar a dureza que a água traz, evitando formar incrustações. Concentração de uso do detergente: as instruções de uso proporcionadas pelo fabricante devem-se seguir corretamente, para alcançar o efeito esperado e conservar os materiais em contato com o detergente.   Alguns tipos de detergentes industriais: Com o objetivo de garantir a correta higienização do ambiente industrial há formulações específicas para os diferentes tipos de aplicação. Detergentes neutros: São detergentes com pH neutro, utilizados normalmente para limpeza manual pois apresentam um baixo perigo. Estes detergentes são usados em processos onde a sujeira não está incrustada, ou é facilmente emulsionável como gorduras recentes, ou em processos que tem boa ação mecânica ou longos tempos de imersão. Ele não produz danos á superfícies, e é apropriado para limpeza de equipamentos e utensílios de metais ferrosos, e não ferrosos, cerâmica e plásticos, utilizado também para barreiras sanitárias. Detergentes alcalinos: Apresentam uma combinação de tensoativos e compostos alcalinos que proporcionam uma excelente ação emulsionado e removendo graxas, também azeite, restos de origem animal e outras matérias orgânicas. Estes detergentes tem um pH maior a 7.  De acordo com sua formulação podem ser fortes, de uso geral, indicado para determinadas superfícies, clorados etc. eles são com geração de espuma ou sem geração de espuma. Os detergentes alcalinos com geração de espuma são indicados para limpeza de indústrias de alimentos em geral, através de equipamentos geradores de espuma, especial para limpeza de equipamentos inoxidáveis de difícil acesso ou superfícies verticais impregnadas com gorduras ou matéria orgânica. Também podem ser aplicados na limpeza de utensílios como: facas, bandejas, caixas, formas, etc. Os detergentes alcalinos sem geração de espuma são especialmente indicados para limpeza de equipamentos, tanque inoxidável, caixas, gaiolas, utensílios e ordenhadeiras através de circulação, circuito fechado (CIP). A aplicação é feita manualmente, através de bombas dosadoras ou diluidores. Detergentes ácidos: A combinação de tensoativos e ácidos são usados especialmente para eliminar restos de matéria inorgânica, ou sais de natureza orgânica (cal, óxido, etc.), estes detergentes removem incrustações, corrosão e óxidos de metais. A escolha do detergente ácido depende do tipo de metal a ser limpo como alumino ou aço inoxidável, o tipo de sujeira a ser removida, e o tipo de limpeza. Detergentes enzimáticos: Estão formulados com uma mistura de enzimas naturais, indicados para controle da contaminação bacteriológica, remoção de biofilmes, entupimento e odores desagradáveis provenientes do acumulo de matéria orgânica, gordura e proteína. São aplicados como tratamento preventivo e corretivo em entupimentos de caixas de gordura, ralos, pisos, evaporadores e resfriadores de ar, equipamentos, esteiras, tubulações de frigoríficos e indústria de processamento de alimentos em geral, assim como de cozinhas industriais.

23/11/2021
MAIS
Imagem Thumbnail' ?>

Por que investir em tapetes desinfetantes?

Quando se fala em higienização industrial, normalmente se pensa em limpeza e desinfecção de superfícies e equipamentos. Mas você já parou para pensar no quanto seus calçados podem impactar na contaminação desses ambientes? Ao circular em espaços sujos ou contaminados, milhões de microorganismos aderem à sola dos calçados. Sem a correta higienização, eles podem ser levados de um ambiente a outro, contaminando até mesmo áreas recentemente higienizadas. Mas como reduzir este tipo de contaminação? A resposta é simples: utilizando tapetes desinfetantes. Com eles, é possível reduzir o número de microorganismos dos solados, ajudando a manter o ambiente higienizado por mais tempo. Para entender mais sobre o assunto, siga conosco e continue a leitura. O que são tapetes desinfetantes? Os tapetes normalmente são utilizados em entradas de fábricas, salas ou áreas produtivas, para reter sujeiras presentes em solados de calçados. É comum esfregar os pés para ajudar a desgrudar todas as sujidades, retendo-as no tapete antes de entrar em um ambiente que deseja manter limpo. A função dos tapetes desinfetantes vai além de reter sujeiras. Esses tapetes funcionam como uma barreira sanitária contra sujeiras e microorganismos. São feitos de material resistente, com capacidade de manter soluções desinfetantes. Possuem proteções emborrachadas, antiderrapantes e uma borda ao redor, que evita vazamentos. Para utilizar, basta posicionar os pés em cima dele, sem necessidade de esfregar. Para que servem os tapetes desinfetantes? Para controlar e limitar a transmissão de agentes patógenos, medidas eficazes de higienização devem ser adotadas, especialmente em ambientes como hospitais, laboratórios e indústrias de alimentos. Tapetes desinfetantes são excelentes para combater a propagação de agentes patógenos e manter o local de trabalho higienizado e seguro contra elementos contaminantes. O uso de tapetes desinfetantes cria uma barreira sanitária contra microorganismos nocivos. Ao contrário dos tapetes comuns, que removem apenas a sujeira, os tapetes desinfetantes eliminam também os microorganismos aderidos ao solado. Esses tapetes são capazes de eliminar até 99,9% dos patógenos em sua superfície. Como garantir a eficácia do tapete? A escolha adequada do desinfetante para utilizar no tapete faz toda a diferença. Só por que um produto é eficaz em eliminar microorganismos, não significa que ele é seguro para seu uso em sistema de tapete ou para contato com as demais superfícies do local. Muitos desinfetantes podem causar danos nos pisos, equipamentos e materiais. Existem no mercado desinfetantes com alta eficiência em eliminar microorganismos, como hipoclorito de sódio, ácido peracético e quaternários de amônio. No entanto, os dois primeiros são oxidantes fortes que podem danificar e manchar superfícies, roupas, pisos e sapatos. Desinfetantes à base de quaternários de amônio podem ser utilizados em diversas superfícies e materiais sem o risco de causar danos. O CLEANGEX AQ 20, é um desinfetante à base de quaternários de amônio, com amplo espectro de ação contra microorganismos patogênicos. Entretanto, não basta apenas escolher o desinfetante e instalar os tapetes, é preciso respeitar as instruções de uso para que a barreira sanitária seja eficiente. Para isso, deve-se incluir no programa de higienização industrial as orientações quanto ao uso dos tapetes. Também, é preciso usar o desinfetante correto, respeitar o tempo de contato e utilizar o tapete adequado para cada local. O tapete deve estar sempre limpo e preenchido com a quantidade adequada de desinfetante. Então, ele deve ser lavado com frequência, completando o volume de desinfetante conforme o uso. Qual tapete devo escolher? Antes de adquirir um tapete desinfetante para sua empresa é preciso avaliar as especificidades do ambiente. O tipo e tamanho do tapete deve ser adequado para o fluxo diário de pessoas e para a necessidade ou não de evitar umidade no local. A HIGEX conta com uma linha de tapetes ideais para a utilização nos mais diversos setores, como hospitais, laboratórios e indústrias de alimentos. Os tapetes da linha BAC OFF são projetados para, juntamente com o desinfetante adequado, descontaminar e desinfetar sapatos, mantendo-os livres de sujeiras e microorganismos. A estrutura da superfície garante que a sujeira seja removida enquanto a sola do sapato é submersa no desinfetante. O tapete é preenchido com uma solução desinfetante diluída. Quando as pessoas pisam no tapete, as solas dos sapatos são umedecidas na solução desinfetante. O relevo especial do tapete permite que o desinfetante atinja as partes mais profundas do solado sem necessidade de arrastar os pés. O tapete BAC OFF LIQUID vem com um tapete adicional que é posicionado à frente do tapete desinfetante. O sistema duplo permite que o excesso de desinfetante seja absorvido após a limpeza. Assim, os calçados ficam secos antes de entrar em contato com o piso, aumentando a segurança durante o fluxo de pessoas. Em ambientes onde é imperativo o controle de umidade, é recomendado o uso de tapetes de desinfecção a seco. Utilizando o tapete BAC OFF DRY você garante que os calçados sejam desinfetados mantendo o ambiente enxuto. Basta posicionar o tapete na entrada do ambiente e preencher com o desinfetante em pó STERIGEX. A desinfecção ocorre da mesma maneira que nos tapetes úmidos, também sem a necessidade de arrastar os calçados para que o desinfetante tenha efeito. É ideal para utilização em salas limpas, e também para a absorção de resíduos líquidos.

01/10/2021
MAIS
Imagem Thumbnail' ?>

Biofilmes na indústria de alimentos: como detectar e eliminar?

Um dos maiores desafios que a indústria de alimentos enfrenta é a formação de biofilmes. Essas estruturas são capazes de se desenvolver em diversas superfícies, como aço inoxidável, polietileno, madeira, vidro, polipropileno e borracha. Além do problema de contaminação de alimentos, também podem provocar entupimentos e corrosão de estruturas, causando prejuízos. Grande parte da contaminação em alimentos é causada por biofilmes microbianos que se formam durante o processo produtivo. O termo biofilme pode não ser familiar, mas com certeza você já se deparou com algum. Os biofilmes estão presentes em nosso dia-a-dia em mesas, pisos, equipamentos e, principalmente, em locais úmidos como pias, ralos e garrafas de água. A placa dentária é um dos exemplos mais comuns de biofilmes, assim como aquela camada escorregadia que se forma nas beiradas de piscinas ou sobre rochas, conhecida em alguns lugares como limo. Microorganismos diversos podem formar biofilmes, porém, na indústria de alimentos, geralmente se encontram microorganismos como Listeria, Salmonella, Escherichia coli e Staphylococcus aureus. Os biofilmes são uma estratégia comum para os microorganismos sobreviverem a condições ambientais adversas. Essa formação garante a sobrevivência das colônias e protege contra agentes químicos, físicos e mecânicos. Quer saber mais sobre este fenômeno biológico e como combatê-lo? Então continue a leitura e siga conosco!   O que são biofilmes? Biofilmes são estruturas formadas por colônias de micro-organismos vivos e com capacidade de reprodução. Esses microorganismos podem ser trazidos pelo ar ou pelo contato com superfícies e materiais contaminados. Poeira, restos de alimentos, metais corroídos e ambientes úmidos servem de nutrientes para essas colônias microbianas e aceleram a formação dos biofilmes. Os biofilmes são formados por diversos polímeros excretados pelos micro-organismos, como polissacarídeos, DNA e proteínas. Essas substâncias são chamadas Substâncias Poliméricas Extracelulares (EPS, do inglês Extracellular Polymeric Substances). A formação de biofilmes acontece em cinco etapas: adesão, adesão irreversível, crescimento, maturação e dispersão. A adesão inicial ocorre quando micro-organismos isolados se depositam nas superfícies. Em seguida ocorre a formação de agregados que começam a excretar as Substâncias Poliméricas Extracelulares. Em poucas horas, as colônias crescem exponencialmente, chegando no estágio de aderência permanente. A partir desse estágio, o biofilme entra em maturação e alguns microorganismos se desprendem para dispersar e recomeçar o ciclo. Quando as camadas bacterianas se acumulam na superfície, elas prendem sujeira e nutrientes, e o biofilme toma forma. Nessa formação, os micro-organismos têm vantagens, como resistência à desidratação, fluxo de líquidos e antibióticos. Alguns fatores que contribuem para a formação de biofilmes são a purificação inadequada da água, pH extremos, altas temperaturas, umidade, e higienização inadequada. Superfícies irregulares, com relevos, texturas ou ranhuras são mais suscetíveis à formação de biofilmes visto que materiais orgânicos e inorgânicos podem ficar presos nesses locais mesmo após a limpeza.   Como detectar biofilmes? Após os procedimentos de limpeza, é ideal garantir que todos os micro-organismos tenham sido eliminados e que não haja formação de biofilmes. Para isso, é possível empregar diversos métodos de detecção, como swab, TOC (carbono orgânico total) e reveladores químicos. O método bioquímico de swab é bastante empregado em pesquisas, pois permite a coleta do material da superfície e a contagem das colônias presentes por m². Esse método costuma ser mais demorado e não é realizado no local, pois a análise é feita in vitro. A detecção de Carbono Orgânico Total é feita na água de enxágue, medindo-se a quantidade de CO₂ (gás carbônico) formada na acidificação do meio. Esse método não é específico para biofilmes e não indica o local em que eles possam estar aderidos. Os reveladores químicos costumam ser a melhor escolha para detectar filmes biológicos de forma rápida, prática e segura. As vantagens de se utilizar reveladores químicos é que a ação é instantânea, e a constatação é feita visualmente no próprio local. O BIOVIEW é um revelador visual rápido e de fácil aplicação para uso seguro em diversos materiais. O gel azul torna-se uma espuma branca na presença de biofilmes em até dois minutos após a aplicação. Sua fórmula responde rapidamente à presença das mais variadas espécies de microorganismos, tais como Listeria, Salmonella, Escherichia coli e Staphylococcus aureus.   Como eliminar biofilmes? Apesar de os desinfetantes tradicionais eliminarem com extrema eficácia os micro-organismos isolados presentes em superfícies, esses produtos não têm capacidade de romper filmes biológicos. Métodos oxidativos, como o uso de hipoclorito de sódio ou peróxido de hidrogênio, podem não ser tão eficientes e causar danos em determinados tipos de materiais. Nesse contexto, passou a se desenvolver agentes antimicrobianos de base biológica, com a atuação das enzimas que controlam o desenvolvimento de biofilmes na natureza. O uso de detergentes enzimáticos tornou-se uma opção bastante atrativa no processo de higienização e controle microbiológico em ambientes industriais. Esses produtos atuam com alta eficiência e não costumam deixar resíduos, o que aumenta a segurança do ambiente. Para atingir um amplo espectro de ação contra diferentes espécies biológicas, a utilização de misturas de enzimas é a melhor opção. Pensando nisso a HIGEX desenvolveu o ENZTRAT e o ENZCLEAN, dois produtos essenciais no combate e prevenção aos biofilmes. O ENZTRAT atua na remoção de biofilmes, eliminação de odores e controle de contaminação e entupimentos sem necessidade de esfregar a superfície. A diferença entre o ENZTRAT e o ENZCLEN é que este último forma uma espuma que também age por contato, sem a necessidade de ação mecânica. Além disso, o ENZCLEAN permanece por mais tempo aderido a paredes e tetos devido à alta qualidade da espuma formada.   Como evitar a formação de filmes biológicos? Podemos controlar e desacelerar a formação de biofilmes por meio de um programa de higienização adequado. Bons processos de limpeza podem remover resíduos de alimentos e outros compostos, para evitar o acúmulo de nutrientes e reduzir as condições para a formação de biofilmes. A falta de higienização leva ao acúmulo de sujeiras e microorganismos patogênicos, colocando em risco a produção e a saúde dos funcionários. Soluções de higienização adequadas poupam tempo e evitam os gastos com manutenções, tratamentos médicos e até mesmo cobranças das agências de regulação. Desinfetantes bactericidas são amplamente utilizados na indústria alimentícia e costumam eliminar até 99% dos microorganismos. Porém, para atingir esse grau de eficácia, é importante respeitar as instruções de aplicação recomendadas pelo fabricante. Além disso, deve-se escolher os produtos adequados para cada tipo de superfície e ambiente. Na desinfecção de ralos e tubulações, recomenda-se o uso de desinfetantes como o HIG BLOCK. O bloco pode ser facilmente posicionado em locais como ralos e bandejas de evaporadores. Ele se dissolve lentamente, deixando que o fluxo de água carregue o gel que elimina microorganismos e incrustações por onde passa. Em locais de difícil acesso ou com necessidade de desinfecção a seco, pode-se utilizar desinfetantes à base de fumaça. Fumígenos como o SMOKE TECH dispersam bilhões de partículas por todo o ambiente e garantem a desinfecção do ar, de ambientes altos e extremidades de difícil acesso. Desde a detecção de microorganismos à total eliminação de biofilmes, os produtos HIGEX são altamente recomendados para os mais diversos setores da indústria alimentícia. Oferecemos soluções completas para garantir a segurança dos seus funcionários, produtos e equipamentos.  

01/10/2021
MAIS
Imagem Thumbnail' ?>

Por que devo investir em higienização industrial?

A higienização industrial ajuda a manter a segurança microbiológica nas instalações, mantendo a eficiência nos trabalhos realizados e a qualidade desejada nos produtos. É essencial uma adequada higienização industrial para tornar o ambiente de trabalho mais seguro e agradável, aumentando a produtividade na indústria. O ambiente que não é higienizado adequadamente pode se tornar um terreno fértil para microorganismos. Manter o ambiente industrial limpo evita o desgaste de equipamentos, reduz a chance de acidentes e a propagação de contaminações. Por este motivo,  investir em higienização industrial economiza tempo e dinheiro. Para que um ambiente industrial funcione bem, é fundamental implementar um programa de higienização adaptado às necessidades do local. Para saber mais sobre o assunto, siga conosco e confira! O que é higienização industrial? Higienização envolve limpeza e desinfecção. A limpeza funciona para remover restos do processo produtivo e demais sujidades, sendo fundamental para garantir a efetividade dos desinfetantes. Já a desinfecção elimina microorganismos. Alguns produtos têm a capacidade de atuar de duas maneiras, limpando e desinfetando os ambientes, desde que sejam respeitadas as instruções de uso. A higienização industrial demanda a criação de protocolos operacionais específicos.  É necessário antecipar, tomar medidas preventivas e avaliar os protocolos operacionais para garantir a eficácia da higienização e evitar fatores que possam causar impactos negativos. Para isto, é fundamental conhecer o tipo de sujidades e contaminantes que podem estar presentes no ambiente. Poeira, gorduras, resíduos sólidos e microorganismos podem ser trazidos à indústria pelas pessoas, pelo ar ou gerado pelos próprios processos produtivos. Produto à base de quaternários de amônio, como o CLEANGEX AQ 20, pode ser utilizado como desinfetante, em diversas superfícies sem danificá-las. Onde deve ocorrer a higienização? A indústria de alimentos merece atenção especial quando se trata de higienização industrial. Um bom plano de higienização industrial precisa conter um manual de boas práticas, medidas de controle e documentos de padronização de procedimentos. Os procedimentos devem incluir: Higienização de instalações, equipamentos e superfícies; Controle de agentes contaminantes, microorganismos, vetores e pragas; Higienização de reservatórios e sistemas de esgotamento; Higiene e saúde dos funcionários. A assepsia correta e o uso de EPI's (equipamentos de proteção individual) pelos funcionários são de extrema importância para a saúde e segurança dos produtos e dos funcionários. A correta higienização das mãos é fundamental para evitar a contaminação cruzada na produção de alimentos. Porém, a higienização de calçados também é crucial para evitar a contaminação dos pisos por sujidades e microorganismos. A utilização de tapetes desinfetantes é uma boa escolha para higienizar adequadamente os calçados. Eles funcionam como barreiras sanitárias e podem ser utilizados com desinfetantes líquidos ou sólidos. Os tapetes da linha BAC OFF desinfetam as partes mais profundas do solado de maneira rápida e fácil. Eles podem ser utilizados nas áreas de acessos aos ambientes industriais, permitindo o fluxo de pessoas com segurança e agilidade. Os modelos variados permitem a desinfecção de calçados por via úmida ou seca, mantendo-os desinfetados e seguros. O controle de microorganismos evita a disseminação de doenças, causadas por vírus, bactérias e fungos. As bactérias podem rapidamente formar biofilmes. Os biofilmes são comunidades bacterianas estruturadas altamente resistentes. Por isso, são precisos produtos específicos para eliminá-las. Identificar e remover os biofilmes é imprescindível na higienização de ambientes industriais, especialmente na indústria alimentícia. O ENZTRAT é um blend de enzimas que atua diretamente na remoção dos biofilmes gerados pelas bactérias, fazendo com que o desinfetante sejas mais eficaz. Ao contrário das bactérias livres, os biofilmes formam uma barreira de difícil penetração por métodos comuns de desinfecção. Sem o tratamento adequado, continuam crescendo e podem contaminar não apenas o local, mas também a produção. É possível identificar rapidamente a presença de biofilmes com reveladores como o BIOVIEW. Ele é um gel líquido de cor azul que, em poucos minutos, revela a presença de biofilmes pela formação de bolhas. Assim, é possível verificar, após a limpeza e desinfecção, se os procedimentos tiveram sucesso na eliminação de microorganismos. Como fazer a higienização adequada? Como dito anteriormente, a higienização industrial compreende a limpeza, desinfecção e posterior controle de contaminantes. É importante identificar as especificidades de cada ambiente e superfície a serem higienizadas para determinar o tipo de produto que deve ser utilizado. Em locais onde é possível utilizar água para a limpeza, utilize-se o procedimento normal de limpeza e desinfeção, com detergente e o desinfetante mais adequado para o setor a ser higienizado. Dentro da linha CLENGEX, você encontra o produto mais adequado para cada situação/sujidade ou microorganismos a ser trabalho. Já nos locais que necessitam de limpeza a seco, a limpeza deve ser feita com produtos e equipamentos adequados para evitar o contato com a umidade. Em locais onde a sanitização com água é dificultada, o uso de desinfetantes à base de fumaça é uma ótima solução. O SMOKE TECH é um fumígeno que promove a desinfecção a seco de locais altos e extremidades de equipamentos de difícil acesso. É ofertado em diversos tamanhos, para garantir a dispersão completa do produto de acordo com o tamanho do ambiente. Não tem necessidade de enxágue e o ambiente pode ser utilizado com segurança em poucas horas após a aplicação. A higienização incorreta em ambientes industriais traz diversas consequências negativas. Fatores como qualidade do produto, segurança e saúde são diretamente afetados. A segurança dos trabalhadores na realização de operações fica comprometida, e o risco à saúde aumenta. Sujeiras e outros contaminantes podem provocar desgastes nos equipamentos, contaminar as áreas de produção e causar prejuízos. Além disso, a falta de higienização industrial pode levar à aplicação de multas e interdição do estabelecimento até que os serviços de limpeza e desinfecção sejam feitos corretamente. Ambientes higienizados garantem a segurança dos produtos, dos funcionários, aumentam a produtividade, e asseguram o bom funcionamento de equipamentos para a satisfação de todos. A Higex tem um catálogo completo para higienização industrial, desde a limpeza até a desinfecção e controle microbiológico. Venha conhecer nossos produtos e encontre os que mais se adequam às necessidades da sua empresa.

01/10/2021
MAIS
Imagem Thumbnail' ?>

3 produtos para higienização de ambientes industriais

O aumento dos riscos de contaminação exige também o aumento no controle dos planos e processos de higienização de ambientes industriais, em especial na indústria alimentícia. Na indústria de alimentos, a limpeza e desinfecção desempenham um papel de extrema importância na eliminação do risco de contaminação, garantindo assim, a segurança na produção de alimentos para o consumo e a seguridade das pessoas no local. O que é a higienização de ambientes industriais? Diversos microorganismos, como fungos, bactérias e vírus, podem estar presentes nos ambientes industriais, tanto em superfícies e equipamentos, como também no ar e nos sistemas de esgotamento de líquidos. A higienização industrial serve não apenas para evitar contaminação de alimentos, mas também para promover conforto e segurança aos trabalhadores, além de evitar o desgaste dos equipamentos, garantindo a eficiência e diminuindo os custos com manutenção. Na hora de decidir qual o melhor produto para a higienização de ambientes industriais, é fundamental levar em consideração as características do ambiente, o tipo de sujeira ou o possível contaminante presente, bem como o tipo de superfície onde o produto será aplicado. Além disso, é muito importante respeitar as instruções de aplicação correta dos produtos, para garantir a atividade máxima dos ativos. A limpeza e desinfeção de ambientes industriais adequada exige um programa de higienização e o uso de produtos específicos para cada situação, garantindo não só a limpeza, mas também a completa desinfecção. Ambientes como ralos, condicionadores de ar e áreas de difícil acesso necessitam de produtos eficazes e de fácil utilização. Listamos aqui três deles, essenciais para essas situações. Continue a leitura para conferir mais sobre todos. Produtos de higienização de ambientes industriais: ralos e bandejas de evaporadores A higienização de ambientes industriais não se resume apenas a limpeza de superfícies, ambientes de trabalho e equipamentos. Após a limpeza dessas áreas, muitos resíduos aquosos vão para os ralos onde seguem para aos sistemas de drenagem e posterior tratamento, nesse processo, sujeiras e microrganismos ficam retidos nesses locais. O difícil acesso aos ralos e tubulações dificulta a limpeza adequada desses locais. Com o passar do tempo, ralos sem manutenção adequada podem causar não só entupimentos como também ser fontes de contaminação dos ambientes. O acúmulo de sujeira, restos de alimentos e água cria um ambiente propício para a proliferação de microorganismos como a Listeria. Além do mau-cheiro, a presença desses resíduos pode contaminar áreas previamente limpas, tornando-se um risco de contaminação aos alimentos produzidos no setor. O acúmulo de sujeiras nas bandejas de evaporadores cria um ambiente oportuno para a proliferação de microorganismos, por esse motivo devem ser periodicamente higienizadas. O HIG BLOCK é uma ótima solução para a limpeza e descontaminação de ralos, tubulações e bandeja de evaporadores. É de fácil aplicação e possui alta eficiência na higienização e sanitização desses locais. Como usar o HIG BLOCK? Após a remoção de sujeiras e objetos que possam bloquear ralos e dutos, basta posicionar a barra do HIG BLOCK no ralo. Desta forma, o fluxo de água que passa pelo local dissolve o material e leva o ativo pelas tubulações, eliminando microorganismos e prevenindo a formação de incrustações e biofilmes. O produto também pode ser utilizado nas bandejas dos evaporadores, para descontaminação da água residual. Produto para sistemas condicionadores de ar, evaporadores e trocadores de calor Diversos microorganismos, como fungos, bactérias e vírus, estão presentes no ar e podem resistir por várias semanas no ambiente.  A qualidade do ar em ambientes industriais depende muito da correta limpeza e desinfecção dos equipamentos condicionadores de ar e evaporadores, pois esses são ambientes propícios para acumulação de partículas, e a cultura e proliferação de microorganismos. É por isso que a manutenção desses equipamentos é uma das etapas fundamentais da higienização de ambientes industriais, envolvendo a desmontagem das estruturas para limpeza e desinfecção adequada. Por isso, é ideal garantir que os equipamentos fiquem higienizados entre uma limpeza e outra. Por outro lado, nos equipamentos de troca de calor, as sujeiras e microorganismos podem ser dispersados pela corrente de ar e contaminar não somente as áreas de trabalho e equipamentos como também as áreas de produção de alimentos. Para a correta higienização de estes equipamentos foi desenvolvido o BAC GEL. Este produto garante a higienização prolongada de evaporadores e trocadores de calor, diminuindo a frequência com que os equipamentos precisam ser desmontados. Como usar o BAC GEL? A fórmula líquida é aplicada após a limpeza, nas superfícies resfriadas do evaporador. O produto rapidamente se transforma em gel, criando uma barreira capaz de auxiliar no controle de fungos e bactérias sem necessidade de enxágue. Pode ser aplicado em placas de trocadores de calor e bandejas de evaporadores. Higienização de ambientes industriais: desinfeção e limpeza do ar ambiente Métodos de dispersão de desinfetantes por fumaça são uma boa escolha para a higienização de áreas de difícil acesso e do ar ambiente, pois a fumaça atinge locais onde a desinfecção com água é de difícil execução. Pensando nisso, a HIGEX desenvolveu o SMOKE TECH, o primeiro fumígeno produzido no Brasil aprovado pela ANVISA. Por ser um método de desinfecção a seco, garante a eficácia da higienização de ambientes industriais sem umidade, podendo ser aplicado em pequenos e grandes ambientes. Esse produto tem comprovação confirmada na eliminação de fungos e bactérias, como Salmonella, Listeria, E. coli e Pseudomonas. Pode ser adquirido em tamanhos que variam de 25 g a 1000 g, para ser aplicado de acordo com o tamanho do ambiente. É de fácil aplicação e seguro para uso nos mais diversos setores da indústria alimentícia. Como atua o SMOKE TECH? Esse desinfetante à base de fumaça agrega as partículas presentes no ar ambiente, fazendo que as mesmas decantem, deixando o ar mais limpo, promovendo a desinfecção de superfícies e a completa descontaminação do ar em todo o local sem a necessidade de enxágue. O ambiente pode ser ocupado novamente em poucas horas após a aplicação. Para higienização de ambientes industriais conheça a HIGEX A HIGEX oferece soluções completas de controle microbiológico para a higienização de ambientes industriais, adaptados às características e necessidades dos mais diversos ambientes. Visite o site para conhecer o catálogo de produtos disponíveis.

01/10/2021
MAIS
Acesse nossos produtos Acesse nossos produtos Whatsapp Whatsapp